Corrupção

Empresário diz à PF que pagou R$ 1 milhão ao Coronel Lima como propina em contrato no Aeroporto de Brasília

O coronel João Lima Batista é um dos sócios da Argeplan.

Empresário diz à PF que pagou R$ 1 milhão ao Coronel Lima como propina em contrato no Aeroporto de Brasília

A Polícia Federal investiga se o valor de um R$ 1 milhão foi repassado pelo Coronel Lima ao presidente Michel Temer. — Foto:reprodução

Uma nova testemunha prestou depoimento no inquérito que apura se um decreto presidencial beneficiou empresas do setor de portos, em troca de propina. Essa testemunha contou que o Coronel Lima, amigo de Michel Temer, recebeu propina em um contrato no Aeroporto de Brasília.

O empresário Marcelo Castanho, dono da Alumi, uma empresa de publicidade, foi ouvido pelo delegado Cleyber Malta Lopes, responsável pelo inquérito que apura se empresas do setor portuário pagaram propina em troca de um decreto do presidente Michel Temer, no ano passado.

Castanho afirmou à PF que na negociação para explorar a área do Aeroporto de Brasília com publicidade, em 2014, pagou R$ 1 milhão a uma empresa do coronel João Batista Lima Filho, ex-assessor e amigo de Temer há mais de 30 anos.

No depoimento, Castanho explicou que fez uma parceria com o empresário Rodrigo Castro Neves, porque ele era próximo de José Antunes Sobrinho, na época presidente da Inframerica – responsável pelo aeroporto.

Ele contou que “quando tudo já estava acertado, em setembro de 2014”, Rodrigo Neves comunicou que havia uma mudança no pagamento. Disse ainda que R$ 1 milhão deveriam ser pagos para a Argeplan, de acordo com orientação do próprio presidente da Inframerica.

No depoimento, Castanho disse que não faria nenhum pagamento sem nota fiscal ou um contrato que justificasse esse dinheiro.

E que, dias depois, recebeu um e-mail com a orientação do presidente da Inframerica de que deveria resolver esse problema com o “Doutor Lima”.

Castanho contou à PF que, quando recebeu o contrato, ele estava em nome de outra empresa, a PDA – Projeto e Direção Arquitetônica e não em nome da Argeplan. A PDA pertence ao Coronel Lima e à mulher dele, Maria Rita Fratezi.

Castanho disse ainda que nunca encontrou pessoalmente o Coronel Lima, mas que conversaram por telefone sobre o pagamento e o contrato com a PDA.

O coronel é um dos investigados no inquérito dos portos, e chegou a ser preso em março deste ano. A PF suspeita que ele seja um operador de propina do presidente Temer.

A defesa de Temer nega qualquer participação dele na celebração de contrato entre duas empresas privadas.

João Batista Lima Filho e Maria Rita Fratezi refutaram veementemente todas as acusações e afirmaram que não cometeram qualquer ato ilícito.

A defesa de José Antunes Sobrinho declarou que ele já prestou esclarecimentos sobre o caso às autoridades.

A Inframérica declarou que tem um contrato de cessão de espaço com a empresa Alumi, mas que nunca contratou a PDA e nega as alegações e que pauta sua atuação de forma ética e com estrito cumprimento das leis.

O JN não conseguiu contato com Rodrigo Castro Neves.

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