Operação Shark

Vereadores e empresas teriam desviado dinheiro destinado a pavimentação de ruas em Santa Rita

O promotor Romualdo Tadeu explicou que o alvo desta Operação foi a dispensa de licitação para fins de serviço de pavimentação e paralelepípedos de 17 ruas em Santa Rita

Vereadores e empresas teriam desviado dinheiro destinado a pavimentação de ruas em Santa Rita

O esquema foi revelado por um delator que fazia o papel de intermediário entre o poder público e as empresas — Foto:ClickPB

A operação Shark foi deflagrada nesta quinta-feira (17) em Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, como fruto de investigações sobre licitações fraudulentas e lavagem de dinheiro, referentes ao ano de 2013. Foram cumpridos os mandados de prisão preventiva do vereador Flávio Frederico e o ex-vereador e suplente Tubarão, ambos do PSD. O terceiro investigado na operação, o empresário Daniel Sales, segue foragido.

O esquema foi revelado por um delator que fazia o papel de intermediário entre o poder público e as empresas. “Ele informou que o funcionário da empresa ficaria com 7% do total das notas emitidas, o intermediário com 18% e o restante era rateado entre os agentes políticos”, de acordo com o promotor Romualdo Tadeu de Araújo Dias.

O promotor explicou ainda que o alvo desta Operação foi a dispensa de licitação para fins de serviço de pavimentação e paralelepípedos de 17 ruas em Santa Rita. “Nessa situação, como a gente tem uma grande probabilidade de esses serviços não terem sido executados, o valor desviado foi o valor total que foi R$ 200 mil”, explicou Romualdo Tadeu.

Os parlamentares tinham informações privilegiadas em relação ao município e procuravam um intermediário que fizesse a ponte com as empresas do esquema. No entanto, nenhuma das três empresas existia concretamente. “Existiam apenas com intuito de apresentar notas fiscais que justificariam o dinheiro da prefeitura”, explicou o promotor Romualdo.

Ainda de acordo com o promotor, existem outras investigações em vários outros procedimentos que podem resultar em mais prisões, já que as empresas atuavam em outras cidades do estado.

Outro fato que chamou a atenção do Ministério Público foi o grande volume de depósitos nas contas de alguns funcionários da prefeitura. Romualdo Tadeu explicou que quando o dinheiro saía dos corres do município para a conta da empresa, eram feitos cheques em valores pequenos para que as pessoas pudessem manuseá-los e fazer a troca devida nos bancos.

“Alguns dos parlamentares faziam o depósito em suas contas. Outros pediam favores a servidores públicos”, afirmou Romualdo. Ele também informou que os funcionários foram interrogados e negaram conhecer a origem do dinheiro. Questionados, eles informaram que estavam fazendo um favor ao parlamentar que pediu.

Os acusados investigados na Operação Shark devem responder por Organização Criminosa, Peculato, Lavagem de dinheiro, Corrupção ativa e passiva e fraude em licitações.

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