O prefeito de São Bento, Jarques Lúcio (DEM), denunciou um rombo de R$ 1 milhão na prefeitura do município deixado pelas administrações anteriores. O dinheiro que era destinado para a construção de um hospital e que não poderia ter sido gasto, simplesmente sumiu da conta da prefeitura.
Jarques já solicitou audiências com o Ministério Público Federal (MPF) e com a Controladoria Geral da União (CGU) para apresentar o problema e buscar solução. A expectativa é de que a reunião aconteça ainda nas próximas duas semanas.
“O problema vai ficar com a Justiça e eu vou atrás das soluções porque o povo está precisando”, afirmou o prefeito que também comunicou o fato ao juiz da comarca de São Bento e ao presidente do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB).“Tenho fé que esse dinheiro volte para onde tem que estar”, declarou o prefeito.
No início do mandato, após retirar o extrato das contas da prefeitura, Jarques afirma que encontrou apenas R$ 276,50 do dinheiro destinado para a conclusão do hospital. Ele ainda disse que pretendia retomar a obra este ano, mas se viu impedido porque o dinheiro destinado para isto, simplesmente sumiu. Apear disso, ele adiantou que “a gente conseguiu pra 2017 com o deputado Efraim Filho a verba de emenda de R$ 2 milhões” para o hospital.
Jarques Lúcio explicou em entrevista ao ClickPB que a construção do hospital foi iniciada em 2001. Depois de iniciada a construção, o hospital, que era estadual foi municipalizado. Já no ano de 2011 a construção e as contas foram bloqueadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) devido a incoerências nos gastos.
Na época do bloqueio, constava R$ 1,28 milhão nas contas da prefeitura destinados para a construção do hospital. “Como o dinheiro é destinado exclusivamente ao hospital, não pode ser retirado nada”, afirma o prefeito.
Verba da Funasa
Além do sumiço do dinheiro que deveria ser utilizado na construção do hospital, o prefeito Jarques Lúcio também encontrou outro problema com recursos federais que deveriam estar nas contas da prefeitura. “Outro grave problema também de recurso federal que não pode ser mexido é um convênio de construção de casas da Funasa para o combate à doença de chagas”, destacou o prefeito.
De acordo com ele, deveria haver nos cofres da prefeitura R$ 375 mil relativos a esse convênio. Porém, ele afirma que só foram encontrados R$ 32 mil, além de as casa não terem sido construídas.