Brasília

Governo pode trocar ministros para evitar votos contrários na Câmara

A estratégia do Palácio do Planalto é uma carta na manga que deverá ser usada a qualquer sinal de risco de votos em favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff

Governo pode trocar ministros para evitar votos contrários na Câmara

Palácio do Planalto guarda carta na manga para votação da chamada admissibilidade do impeachment — Foto:Divulgação

O governo cogita exonerar ministros com mandatos de deputado federal, caso tenha de enfrentar no Plenário da Câmara, a votação da chamada admissibilidade do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

A estratégia é uma carta na manga que deve ser usada no momento oportuno e inclui ministros não só do PT, mas também de todos os outros partidos aliados, inclusive do PMDB.

Cada caso está sendo analisado separadamente. O governo usará este recurso quando identificar o menor risco de que o atual ocupante da vaga na Câmara, vote a favor da abertura do impeachment por parte do Senado.

Cinco ministros hoje têm mandato de deputado federal. Celso Pansera (PMDB-RJ), de Ciência e Tecnologia; André Figueiredo (PDT-CE), de Comunicações; Marcelo Castro (PMDB-PI), da Saúde; George Hilton (PRB-MG), dos Esportes, e Patrus Ananias (PT-MG), do Desenvolvimento Agrário.

Embora a manobra tenha a eficácia de reverter poucos eventuais votos contrários, na avaliação de interlocutores do Planalto, qualquer voto é importante diante da gravidade da situação política.

O rito do impeachment deverá ser definido nesta semana pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento marcado para esta quarta-feira (16).

Decisão tomada pelo ministro do STF, Luiz Edson Fachin, suspendeu os efeitos das decisões tomadas pela Câmara na semana passada, com a eleição da chapa montada pela oposição para comandar a comissão especial que analisará o pedido aceito pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Enquanto tenta reverter no STF a aceitação do pedido, sob a alegação de que não houve oportunidade de defesa prévia por parte de presidente, ministros do governo tentam angariar votos contrários ao impeachment, caso sua tramitação siga.

Também faz parte da estratégia estimular desonerações em estados e prefeituras com o objetivo de reforçar a bancada na Câmara.

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