Marcha estava marcada para acontecer no dia 10 de junho — Foto:Reprodução
A Marcha da Maconha, que estava marcada para o dia 10 de junho em João Pessoa, não vai mais acontecer. O adiamento foi confirmado nesta terça-feira (30). O movimento ainda não tem nova data marcada e a organização da mobilização culpa a burocracia e falta de autorização para que a Marcha acontecesse com “tranquilidade e segurança”.
Como apurado pelo ClickPB, a organização da Marcha vai aproveitar o dia 10 de junho para realizar um evento pré-cultural, mas ainda sem local e horário definidos.
- Marcha da Maconha é marcada para 10 de junho em João Pessoa
- Organizador defende Marcha da Maconha e diz que evento busca evidenciar fracasso no combate às drogas
“A marcha da maconha será adiada. A nova data será divulgada logo mais. Apesar da descriminalização da posse de drogas estar em pauta no STF e o assunto estar em alta, existe um trabalho da direita e das instituições para atrasar a construção do movimento e garantir que a criminalização exista. Aqui em João Pessoa, projetos de lei buscam criminalizar a Marcha. Nós também solicitamos autorizações da prefeitura há meses, para poder realizar a marcha com tranquilidade e segurança, mas até o presente momento, não tivemos resposta”, afirmaram os organizadores da Marcha, como visto pelo ClickPB.
Desde a divulgação do evento, no dia 3 de abril, políticos de direita, como o deputado estadual Wallber Virgolino, e os vereadores de João Pessoa Coronel Sobreira e Eliza Virgínia se manifestaram contra a Marcha da Maconha. Wallber, inclusive, tentou que um projeto criminalizasse o evento, mas os deputados estaduais barraram a iniciativa.
- Wallber Virgolino aciona Ministério Público, Segurança e Assembleia para barrar Marcha da Maconha em João Pessoa
- CCJ da Assembleia vota pela inconstitucionalidade de projeto de lei para proibir Marcha da Maconha em João Pessoa
“A Marcha da Maconha é um movimento muito maior, que acontece todos os dias, em muitos lugares e que deve estar junto na luta antirracista, LGBTQIA+, feminista, de classe, nos bairros e favelas, pela redução de danos, pela descriminalização e legalização das drogas. Apesar de tudo, o amor pela luta e a vontade grande de discutir qual a política de drogas nós queremos não permitem que a gente desista”, finalizaram os organizadores do evento em publicação no Instagram oficial da Marcha.