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Brasil é o maior consumidor de crack do mundo

O Brasil é o maior mercado consumidor de crack do mundo. O dado foi levantado pela pesquisa Lenade (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas)

Brasil é o maior consumidor de crack do mundo

O Brasil é o maior mercado consumidor de crack do mundo. O dado foi levantado pela pesquisa Lenade (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas) realizado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e pelo Inpad (Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas). A pesquisa foi realizada com 4.607 pessoas a partir dos 14 anos em 149 cidades do Brasil.

Aproximadamente 2 milhões de pessoas já usaram crack e oxi pelo menos uma vez na vida, sendo que 1,4% são adultos e 1% jovens. Ainda de acordo com a pesquisa, um em cada 100 adultos usou crack no último ano, o que representa 1 milhão de pessoas.

O crack é um tipo da cocaína feito para ser fumado. O estudo divulgado nesta quarta-feira (5) apresenta dados de uso da cocaína, que inclui também a cocaína em pó, que pode ser usada via nasal ou injetada na veia.

Segundo a pesquisa, quase 6 milhões de brasileiros (4% da população adulta) já experimentaram cocaína na vida. Entre os adolescentes, 442 mil jovens já usaram a droga (3% da população). Só no ano passado, 2,6 milhões de adultos e 244 mil adolescentes usaram cocaína no país. O Brasil só perde para os Estados Unidos que, no último ano, registrou cerca de 4 milhões de usuários. Segundo o estudo, 15% da população americana usou a droga durante a vida e 2% só no ano passado.

Para o médico psiquiatra e professor titular da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, Ronaldo Laranjeiras, os dados são alarmantes.

– Nós temos 20% do consumo mundial de cocaína. Somos o primeiro do mundo no uso de crack. Nós não fizemos a lição de casa e nosso consumo aumentou muitos nos últimos 15 anos. Não há solução fácil para isso.

Para Laranjeiras, o foco não é apenas o tratamento, mas sim políticas públicas efetivas.

– Essa questão não se resolve com a canetada do governo. É preciso diminuir a oferta e desmontar a rede de tráfico. Vamos demorar muitos anos para desmontar essa operação. Além disso, precisamos cuidar dos usuários. Hoje, não há recursos para tratar 3 milhões de pessoas.

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