É um clichê no mundo pop feminino, mas parece funcionar. Madonna é soberana na influência musical e comportamental das cantoras-dançarinas. Com Jessica Sutta, ex-Pussycat Dolls, não poderia ser diferente.
“Ela definitivamente é a minha única inspiração, e quem realmente me influenciou. Só existe uma Madonna no mundo, é até uma responsabilidade querer ser como ela, mas gostaria de um dia chegar lá.”
Para atingir tal feito, o primeiro passo foi desmembrar-se do grupo liderado pela também cantora Nicole Scherzinger, e se lançar em carreira solo. Com o single “Show Me”, ela pretende mostrar que deixou de ser figurante.
“Quero cantar mais, mostrar minha voz, meu trabalho, mas não vou deixar de dançar como antes. Adoro fazer as duas coisas ao mesmo tempo, essa é minha identidade.”
Embora não queira mais dividir palcos, microfones e coreografias com as ex-colegas, Jessica espera compartilhar o mesmo público. A migração, na visão dela, será natural e benéfica.
“Já tenho muitos fãs dessa época. Quem gostava do conjunto, terá a chance de conhecer meu trabalho individual e aproveitar um pouco de tudo.”
Rompimento
Segundo ela, a decisão foi tomada depois de longas conversas com as demais integrantes do grupo. O desejo de crescer e mudar foi primordial. Apesar do rompimento, a saída não deixou rusgas, garante.
“Foi muito difícil deixar as Pussycat Dolls. Pensei muito, vivi uma época abençoada ao lado das meninas, mas era a hora de caminhar sozinha. Creio que tudo tenha acontecido na hora certa.”
No novo trabalho, ainda limitado ao single, ela deve manter o estilo pop dançante, mas não deixará de cantar músicas mais românticas, ou arriscar vertentes ainda não testadas. Ao público, garante qualidade e muita dedicação. “Faço tudo com muito amor, e meus fãs podem esperar um trabalho com a minha cara.”
Dançando e rodando
Apesar de nunca ter pisado em terras brasileiras, afirma ser louca para conhecer o país. “Por mim, iria para o Brasil amanhã mesmo.” O ímpeto de apresentar-se em solo tupiniquim é movido pela vontade de conhecer os fãs brasileiros, que são tão “devotos e amáveis.”
“Tenho muitos fãs no Brasil, eles são pessoas incríveis. Muito carinhosos. É um sonho visitar o Brasil.” Além de conhecer mais de perto quem a admira, Jessica revela que é tiete do samba. “Adoro o samba, acho incrível”.
Tudo que viu até hoje, porém, é limitado ao gingado do Carnaval carioca. Nada de Cartola ou Noel Rosa – nomes absolutamentes desconhecidos no repertório internacional da cantora. Como boa dançarina, ela arrisca dizer que sabe sambar direitinho. “Não sei se faço tão bonito quanto, mas acredito que eu saiba sambar.”