Política

Serra afirma que PT trata adversários como inimigos a serem destruídos

Durante o discurso de aproximadamente 15 minutos, Serra voltou a falar da agressão que sofreu na semana passada, no Rio de Janeiro. Ele disse que esta não foi a

Folha

O candidato José Serra (PSDB) e líderes tucanos aproveitaram um evento do partido, realizado na manhã de hoje em Araraquara, interior do Estado, para criticar duramente a campanha do PT, o presidente Luís Inácio Lula da Silva e a candidata Dilma Rousseff (PT).

Durante o discurso de aproximadamente 15 minutos, Serra voltou a falar da agressão que sofreu na semana passada, no Rio de Janeiro. Ele disse que esta não foi a primeira vez que aliados do PT o agridem.

"No sábado passado sofri ameaças quando saía de uma missa no Ceará. Uma tropa de choque organizada por um padre que é deputado estadual da Paraíba tentou me agredir e tive que sair escoltado pela polícia. O PT trata os opositores como inimigos a serem destruídos."

O tucano disse ainda que não havia lido as notícias durante a manhã, mas sabia das novas denúncias publicadas na revista Veja, de que Dilma e o chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho teriam encomendado ao secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, dossiês contra opositores.

"Não me surpreendo com esta denúncia já que o uso da máquina do governo para atacar seus adversário é habitual. Eles são os profissionais da mentira e da violência"

O candidato pediu apoio aos políticos presentes para ganhar os votos adicionais, principalmente dos indecisos. A oito dias do final das eleições o tucano teme que o feriado prolongado afaste o eleitorado das urnas, mas afirmou que ainda tem chances de se tornar presidente.

"Peço aos brasileiros que não deixem de votar no próximo domingo. Ainda temos chances de virar esse jogo. Percam o feriado, mas ganhem um feliz ano novo."

O governador do Estado, Alberto Goldman (PSDB), voltou a comparar o presidente Lula ao ex-ditador alemão Adolf Hitler, pelo apoio que ele deu as manifestações violentas contra Serra no Rio de Janeiro, e ainda se referiu ao PT como "Nova Arena", partido do governo durante a ditadura militar no Brasil.

"Na Alemanha, quando Hitler venceu as eleições e não tinha maioria no Parlamento, mandou queimar tudo e culpou a oposição. Foi depois disso que começou a ditadura nazista. O PT não quer ver crescer um país saudável."

Já o governador eleito paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), subiu o tom aos ataques contra Lula. Segundo ele, o presidente "zombou da lei e incitou a violência". Alckmin afirmou ainda que a arrogância do partido e de Lula levaram a candidata petista para baixo.

Logo depois do discurso de Alckmin, um rapaz identificado apenas como Natan, subiu ao palco dizendo que queria entregar um documento ao governador eleito, sobre os problemas enfrentados na educação do Estado.

"Trabalho numa escola estadual e não sou ligado a nenhum partido. Só gostaria de entregar o meu protesto quanto a má qualidade do ensino e como os profissionais da área são tratados."

Sob vaias dos participantes do encontro, Natan foi retirado do local pelos seguranças do partido.

"Passaria pela cabeça de algum de nós invadir a casa deste rapaz assim? Essa não é nossa política. O PT troca argumentos por porrada e se transforma numa tropa de choque fascista", disse o o senador eleito Aloysio Nunes (PSDB).

Ainda durante o evento, Andreia Quércia, filha do ex-governador Orestes Quércia (PMDB), leu uma carta assinada por ele agradecendo as manifestações de apoio durante o período em que esteve doente e mantendo o apoio à Serra neste segundo turno.

"Venho até aqui apoiar Serra porque ele é o melhor presidente para o Brasil. Esse é o desejo do meu pai, meu e de toda a minha família", disse Andreia.

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