Luiz Couto defendeu a prisão de Bolsonaro pela situação constatada entre os Yanomami. — Foto:Walla Santos/ClickPB/Arquivo
O deputado federal eleito Luiz Couto endossou a denúncia de outros deputados do PT contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, contra a ex-ministra Damares Alves e contra todos os ex-presidentes da Fundação Nacional do Índio (Funai) pelo que foi classificado como genocídio dos Povos Indígenas Yanomami, no estado de Roraima. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta segunda-feira (23), o paraibano defendeu a prisão de Jair Bolsonaro pela situação constatada entre os Yanomami.
O líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), e Zeca Dirceu (PR), que assume a liderança do partido em fevereiro, além do deputado Alencar Santana (PT-SP) e da deputada Maria do Rosário (PT-RS) entraram com representação criminal no Ministério Público Federal, neste domingo (22), contra Bolsonaro, Damares e todos os ex-presidentes da Funai pela situação dos indígenas Yanomami.
Para Luiz Couto, “não é apenas restituir a saúde, mas é cuidar para que as comunidades indígenas sejam respeitadas porque elas é que são as donas dessa terra. Nós é que invadimos e hoje achamos que somos donos daquilo. São eles que conseguem manter ainda a luta em defesa das florestas, de não destruir aquilo que foi feito para trazer bondades e não maldades.”
Ainda segundo o deputado paraibano declarou ao Arapuan Verdade, conforme apurou o ClickPB, “estamos vendo aí a prova de que Bolsonaro queria mesmo matar os índios. Ele dizia: ‘no meu mandato não vai ter nenhuma demarcação’. E ele fez isso aí. A partir do dia 1º, vou me associar a essa luta porque é importante mostrar que ele é um fujão. Não é tão corajoso que iria enfrentar os juízes, que iria enfrentar todos, que quem mandava era ele? E agora foge disso aqui. Vamos querer prendê-lo para que ele possa pagar pelos crimes que ele fez.”
De acordo com o Ministério da Saúde, 570 crianças Yanomami morreram de fome ou em decorrência de contaminação por mercúrio, por conta do garimpo ilegal, nos últimos quatro anos. Mais de cinco mil estão desnutridas ou passam fome. A situação é considerada grave e a pasta declarou “Emergência em Saúde Pública de importância Nacional, em decorrência de desassistência à população Yanomami”.