Esporte

Jogadores preocupados com os efeitos da altitude de Quito

Seleção perdeu e não fez gols nas duas últimas vezes que jogou na cidade equatoriana pelas eliminatórias da Copa do Mundo

Thiago Silva conhece os efeitos da altitude de Quito, pois esteve lá com o Fluminense A altitude de Quito virou um fantasma para a seleção brasileira. Nos dois últimos duelos pelas eliminatórias, o Brasil perdeu por 1 a 0. Em 2001, com um gol de Delgado. Em 2004, com o gol de Mendéz. Por isso, os 2.850 metros acima do nível do mar da cidade são vistos como um adversário tão difícil neste domingo quanto o Equador. Agora, os jogadores já esperam muitas dificuldades para a partida deste domingo. Também faz bastante frio na cidade.

A CBF vem há algum tempo tentando junto à Fifa acabar com os jogos oficiais em cidades acima de 2.500 metros, como Quito, no Equador, e La Paz, na Bolívia. Estudos científicos já provaram que a altitude influência no rendimento dos jogadores. Mas sem o apoio das outras federações sul-americanas, não teve sucesso na briga. A Fifa chegou a proibir, mas depois voltou atrás.

Para tentar minimizar os efeitos da altitude, a seleção brasileira só vai chegar a Quito horas antes da partida de domingo. Os jogadores estão em Guayaquil, cidade a nível do mar, e treina neste sábado no estádio do Barcelona, palco da final da Libertadores de 1998, vencida pelo Vasco. Além disso, a alimentação dos atletas durante a semana foi reforçada com bastante carboidrato e líquido.

– Joguei uma vez já na altitude. É diferente. É difícil mesmo. Muita gente acha que é psicológico, mas não é. Realmente faz a diferença – disse Felipe Melo, que vai atuar ao lado de Gilberto Silva no meio-campo da seleção.

Thiago Silva vai começar a partida no banco de reservas. Mas lembra bem como sofreu no ano passado. Pelo Fluminense, o zagueiro foi a Quito duas vezes enfrentar a LDU pela Libertadores. E na decisão, o Tricolor levou quatro gols ainda no primeiro tempo, quando o time tentava se acostumar com os efeitos da altitude.

– Sei bem como é jogar lá. A altitude atrapalha e não me agrada porque o time da casa sempre leva vantagem. Isso não é justo. Por isso sempre critico jogos na altitude – disse.

Além da altitude, a bola também preocupa a seleção brasileira. Na semana de treinos em Teresópolis, os jogadores reclamaram bastante da velocidade que ela ganha nos chutes.

Divulgação/CBF
Felipe Melo criticou a bola do jogo – Essa bola do jogo é muito, mas muito rápida. Para o goleiro é muito difícil. Até para a gente mesmo. E deve chegar lá em Quito e ela deve ganhar o dobro de velocidade. A gente tem que tomar muito cuidado para não deixar espaço para eles chutarem de fora da área. E também não podemos correr errado senão vamos cansar muito rápido – disse Felipe Melo.

– A bola é diferente. Mas para o jogador de linha é melhor na hora de chutar para o gol. O problema é o goleiro. Qualquer jogador que batia na bola parecia o Roberto Carlos – completou Robinho.

O zagueiro Luisão, que vai ser companheiro de Lúcio na defesa neste domingo, disse que a seleção vai precisar se superar em campo.

– Tem muita dificuldade, mas temos que superar isso. Além do adversário, tem a altitude. Mas precisamos ter raça para superar tudo isso.

Alexandre Pato vai ter a primeira experiência na altitude. E espera não ter problemas.

– O pessoal fala que é muito difícil jogar lá. Mas não tenho medo. Tenho trabalhado muito e estou preparado para defender a Seleção

G1

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