O governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, afastou o procurador-geral do Estado Luciano Queiroz, preso nesta manhã, sob acusação de pedofilia. Queiroz foi preso com outras seis pessoas que fariam parte da quadrilha investigada pela Polícia Federal.
A investigação, iniciada a partir de relatório produzido pelo Conselho Tutelar do Município de Boa Vista, apontou para um esquema que exploraria sexualmente meninas com idades entre 6 e 14 anos de idade e que contaria com a participação de autoridades, servidores públicos e empresários de Roraima.
Segundo nota oficial divulgada pelo governo do Estado, o governador adotará as medidas administrativas apropriadas caso fique comprovado o crime pelo qual o procurador-geral é acusado. O governador informou ainda que "não tem poderes para controlar a vida pessoal de assessores" e que pedirá ao secretário de Segurança Pública que busque informações sobre o caso.
Prisões
A operação, denominada Arcanjo, prendeu oito pessoas, segundo a PF. Entre os presos, além do procurador-geral, está o major Raimundo Gomes, oficial da Polícia Militar, e Hebron Silva Vilhena, funcionário do Tribunal Regional Federal. Durante a investigação, também foram presas duas pessoas suspeitas de fornecer drogas ao grupo.
Em Boa Vista, os agentes da Polícia Federal também investigaram as residências dos acusados de pedofilia e abuso de menores, entre eles dois empresários. Entre os detidos estavam três pessoas acusadas de integrar, junto com o major da polícia, um grupo que recrutava menores e os oferecia para relações sexuais para diferentes autoridades de Roraima.
O procurador Luciano Queiroz atribuiu a detenção a uma represália da Polícia Federal por sua oposição às operações desta instituição em Roraima. Segundo a Polícia Federal, os acusados de integrar a rede de pedofilia serão processados por seis diferentes crimes, como abuso sexual de menor, aliciação de menor e formação de quadrilha.
Redação Terra