Cotidiano

Depressão e esquizofrenia impedem emissão de CNH

Doenças psicológicas como depressão e esquizofrenia tornam as pessoas inaptas para dirigir veículos, segundo a Associação Brasileira de Medicina de […]

Doenças psicológicas como depressão e esquizofrenia tornam as pessoas inaptas para dirigir veículos, segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). Os laudos emitidos pelo médico e pelo psicólogo podem impedir a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O documento segue a Resolução 267 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que dispõe sobre os exames de aptidão física e psicológica para motoristas.

Na semana passada, casos de violência no trânsito, no Rio de Janeiro e em São Paulo, mais uma vez tomaram conta do noticiário. Muitos motoristas acabam se envolvendo em discussões e brigas por causa de pequenos acidentes nas ruas. O G1 conversou com um médico e uma psicóloga da Abramet que explicaram como é feita a avaliação psicológica e física do candidato a motorista.

O primeiro passo para quem quiser se candidatar a tirar a CNH é escolher uma clínica credenciada pelo Departamento de Trânsito (Detran) de seu estado. A etapa seguinte é a realização do exame de aptidão física e depois a psicológica.

Avaliação psicológica 

Nesta etapa, deverão ser constatados, por métodos e técnicas específicas, os processos psíquicos do candidato para tomada de informação, processamento da informação, tomada de decisão, comportamento e auto-avaliação. Os testes devem estar regulamentados pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).

"O candidato pode ser considerado inapto temporário se apresentar sinais de agressividade, agitação, instabilidade emocional, cansaço e exaustão. A emissão da CNH só será feita após nova avaliação. Para isso, a pessoa terá de passar por tratamento para solucionar esses diagnósticos", afirmou Raquel Almqvist, especialista em psicologia de tráfego.

"Se a pessoa apresentar características de agressividade, impulsividade e depressão acentuadas e psicopatologias como esquizofrenia, que engloba distúrbios bipolares, fobias, síndrome do pânico e paranóia, ela será considerada inapta a dirigir um veículo", disse Raquel.

A avaliação psicológica é feita para a emissão da primeira CNH. Nas renovações do documento, apenas motoristas profissionais se submetem ao teste.

Avaliação física 

"O candidato responde a um questionário, cujo conteúdo será avaliado pelo médico perito. Em seguida, passa por exame sensorial (visão e audição), neurológico, cardiovascular e de sono (para as categorias C,D e E)", disse Alberto Sabbag, médico e diretor da Abramet.

A avaliação também determina se há a necessidade de adaptação do carro de acordo com a dificuldade de locomoção da pessoa. O exame é concluído com a avaliação morfológica e de faces. "Analisamos se ela tem perturbações de atenção, de concentração e indícios de uso de drogas. Além disso, procuramos sinais como coloração da pele ou deformidades que possam constituir risco para a direção de um carro", afirmou Sabbag.

Dependendo do resultado do laudo, o médico pode pedir exames complementares, que terão de ser feitos pelo candidato em clínicas particulares.

A avaliação física é feita para a emissão da primeira CNH e para as renovações do documento, a cada cinco anos.

No Rio de Janeiro 

Na noite de sexta-feira (23), um motorista agrediu o pedestre André Luis Reuter Lima, de 45 anos, com uma chave de rodas, na Tijuca, Zona Norte do Rio. A vítima está com coma e respira com a ajuda de aparelhos. O motorista fugiu.

No sábado (24), a violência no trânsito fez outra vítima no Rio. O motoboy Marcelo Amorim de Lima, de 24 anos, foi morto com um tiro na barriga após discutir com um motorista no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O motorista fugiu.

G1

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