Alagoas

Bairros em Maceió correm o risco de colapsar com afundamento do solo

Casas foram abandonadas e portas e janelas foram fechadas com cimento e tijolos depois que o chão começou a afundar. Em novembro, já aconteceram cinco abalos sísmicos na área.

Bairros em Maceió correm o risco de colapsar com afundamento do solo

O bairro do Mutange é um lugar quase "fantasma" — Foto:Reprodução/TV Gazeta

Cinco bairros de Maceió estão afetados pelo risco iminente de colapso por causa da exploração mineral do subsolo. Hoje, o bairro do Mutange é um lugar quase “fantasma”. Casas foram abandonadas e portas e janelas foram fechadas com cimento e tijolos depois que o chão começou a afundar. Em novembro, já aconteceram cinco abalos sísmicos na área. 

As minas no subsolo foram abertas pela empresa Braskem e são, segundo o governo de Alagoas, como cavernas subterrâneas, chegam a 50 metros por 70 de altura, e foram feitas para extração de sal-gema, muito usado na indústria química. 

Um ofício enviado pela Braskem apontou que, em uma escala de 0 a 1, a certeza de uma das minas colapsar chegou a 0.8. 

De acordo com o coordenador-geral da Defesa Civil, o problema pode ter efeito cascata em outras minas, rompendo estruturas e afetando serviços de toda a região metropolitana. 

Nessa quarta-feira (29), a prefeitura de Maceió declarou situação de emergência pelos próximos 6 meses. O governo de Alagoas instalou um gabinete de crise para conter os riscos. Uma reunião foi marcada nesta quinta-feira (30) com membros da Defesa Civil Nacional, do Ministério de Minas e Energia e do Serviço Geológico do Brasil. 

Segundo o governador Paulo Dantas, a Braskem também será contatada para colaborar. Dantas ainda criticou o acordo feito entre a prefeitura de Maceió e a empresa, de cerca de R$ 2 bilhões. Segundo o governador, a situação é um dos maiores crimes ambientais em áreas urbanas do mundo.  

A defensoria pública pediu o realojamento das pessoas que ainda não saíram das residências. Moradores dos bairros vizinhos também estão com medo. Segundo o representante, Maurício Sarmento, a saída das pessoas acontece sob pressão da Polícia Militar e sem indenização. 

No mar próximo da área, até a navegabilidade foi proibida. Mil pescadores, estão impedidos de trabalhar. 

Nossa reportagem não conseguiu contato com a Braskem. A empresa e órgãos do poder público foram convocados pelo Ministério Público Federal para uma reunião nesta sexta-feira (1º) para esclarecer quais medidas estão sendo tomadas. 

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