Economia

Dólar cai a R$ 4,75 com redução de aversão a riscos no mercado e juros no radar

Anúncio na China de redução de restrições em Pequim favorece investimento em mercados considerados mais arriscados.

Dólar cai a R$ 4,75 com redução de aversão a riscos no mercado e juros no radar

O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de agosto de 2022. — Foto:Reprodução

O dólar caía 0,45%, cotado a R$ 4,756, por volta das 9h23 desta segunda-feira (6), refletindo uma redução da aversão global a riscos por parte dos investidores após a China anunciar uma redução nas restrições para combater a Covid-19 na capital, Pequim.

O movimento gera expectativas de uma retomada da economia chinesa, reduzindo temores do impacto de lockdowns no país para a economia global, e favorece fluxos de investimentos para mercados mais arriscados, caso do Brasil.

Na semana, o foco dos investidores estará na reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que pode subir os juros para enfrentar a inflação na zona do euro, e nos dados de inflação nos Estados Unidos, que dará mais pistas sobre os possíveis próximos passos do ciclo de alta de juros do país.

O Banco Central fará nesta sessão leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de agosto de 2022.

Na sexta-feira (6), o dólar caiu 0,18%, a R$ 4,777, mas encerrou a semana com uma alta de 0,83% após três recuos semanais consecutivos. Já o Ibovespa teve queda de 1,15%, aos 111.102,32 pontos, desvalorizando 0,75% na semana.

Sentimento global

O mês de maio teve uma forte aversão global a riscos desencadeada por temores sobre uma possível recessão generalizada devido a uma série de altas de juros pelo mundo para conter a inflação, que tendem a desacelerar a economia global.

A principal ocorreu nos Estados Unidos, anunciada pelo Federal Reserve em 4 de maio. Apesar de descartar altas de 0,75 p.p. ou um risco de recessão, a autarquia sinalizou ao menos mais duas altas de 0,5 p.p.

Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança e favorecem o dólar, mas prejudicam os mercados de títulos e as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.

Por outro lado, com o fim do lockdown na cidade chinesa de Xangai e alívio nas restrições na capital Pequim, a expectativa é que a demanda chinesa retorne aos níveis anteriores, o que voltou a favorecer exportadores de commodities e aliviou uma parte das pressões sobre o real.

Ao mesmo tempo, a confirmação da contração da economia dos Estados Unidos no primeiro trimestre reforçou a visão de que o Fed não deverá ser tão agressivo na alta de juros quanto o previsto anteriormente. Com as duas novidades, o Ibovespa e o real encontraram espaço para valorização. Qualquer mudança nessa percepção, porém, prejudica os dois.

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