Religião

Assembleia aprova projeto que torna Jurema Sagrada patrimônio imaterial da Paraíba

A parlamentar reforçou ainda que a Jurema Sagrada é uma prática religiosa difundida especialmente no Litoral Sul paraibano, nas cidades de Alhandra, Conde e que precisa ser reconhecida.

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Foto: Reprodução

A religião de origem afro-indígena que tem suas raízes no Nordeste do Brasil, Jurema Sagrada pode se tornar patrimonial imaterial da Paraíba, após a aprovação pelos deputados durante sessão na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) na última terça-feira (3). O projeto de lei é de autoria da deputada Cida Ramos (PT). Com a votação, a matéria segue para análise do governador João Azevêdo (PSB), que poderá vetar ou transformar a proposta em lei.

Durante a votação, risos foram criticados pela parlamentar. “Vi alguns risos de alguns parlamentares que não respeitam a diversidade religiosa… Nós devemos sim, respeitar, as expressões e manifestações culturais e religiosas que se constituíram ao longo da história da nossa nação”, disse Cida Ramos ao defender o projeto.

A parlamentar reforçou ainda que a Jurema Sagrada é uma prática religiosa difundida especialmente no Litoral Sul paraibano, nas cidades de Alhandra e Conde, mas precisa ser reconhecida devido o sincretismo religioso.

“Apesar de toda busca de organização e respaldo jurídico, é importante salientar que os religiosos de cultos afro-brasileiros e indígenas continuam sofrendo com o racismo e a intolerância religiosa. Segundo o disque 100 – canal de denúncias do Ministério dos Direitos Humanos – no primeiro semestre de 2024 houve-se uma média de quase sete denúncias por dia, recaindo, principalmente, contra as religiões de matrizes africanas”, afirma Cida ao apresentar o projeto.

Os deputados Wallber Virgolino e Sargento Neto, ambos do PL, votaram contra a matéria. Já o deputado Tovar Correia Lima (PSDB) se absteve.

“Eu sou católica, mas quero dizer que a Jurema faz parte da existência indígena, assim como de vários outros grupos. Nós devemos respeitar. Podemos até não aderir, mas precisamos valorizar as expressões e manifestações culturais e religiosas que se constituíram ao longo da formação social desse nosso país tão diverso e tão rico. Deus é um só, único”, destacou a parlamentar.

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