
Hospital de Trauma de Campina Grande. (Foto: Secom-PB/Arquivo)
A criança que foi atropelada por um policial militar da reserva no bairro Vila Cabral, em Campina Grande, no último dia 4 de agosto, teve a perna direita amputada nesta terça-feira (12). A menina ainda lida com fraturas na perna esquerda e segue internada no Hospital de Trauma da região.
O policial militar da reserva estava dirigindo embriagado e atingiu a criança, segundo registraram as equipes do 2º Batalhão de Polícia Militar (2º BPM), que atenderam o caso. O policial se recusou a fazer o ‘teste do bafômetro’ e foi levado preso pela PM após quase ter sido linchado pela população revoltada com o atropelamento. O homem confessou ter ingerido bebida alcoólica e foi autuado em flagrante.
A médica cirurgiã vascular, Rayssa Soares, falou sobre a cirurgia de amputação da perna direita da menina. Segundo ela, a intervenção foi necessária “devido a um quadro de isquemia irreversível do membro.”
“A equipe de Cirurgia Vascular vinha acompanhando essa paciente desde o momento da sua internação e houve uma piora da isquemia até o ponto em que ela tornou-se irreversível, indicando o procedimento de amputação. Realizamos hoje esse procedimento e optamos por uma técnica cirúrgica que acompanhe o crescimento, tendo em vista que é uma criança de seis anos”, explicou a médica, como verificou o ClickPB.
“Ela segue, agora, aos cuidados clínicos da UTI em acompanhamento com a equipe multidisciplinar: ortopedia, cirurgia vascular e pediatria”, acrescentou.
Ainda segundo a médica cirurgiã, a perna esquerda da criança tem fraturas e as equipes acompanham a situação.
“Em relação ao outro membro, também acometido por fraturas, está em acompanhamento pela equipe multidisciplinar. Nós da Cirurgia Vascular estamos acompanhando diariamente. Mas, nesse momento, não está indicado procedimento cirúrgico da parte de cirurgia vascular”, relatou.
A menina não teve complicações na cirurgia, ainda de acordo com informações da médica.
