"Quando cheguei na Polícia, na Rotam, teve um sargento que disse que não ia trabalhar comigo. Ainda bem que tinha testemunha", disse. — Foto:Clilson Júnior
O desafio de ser reconhecida na profissão ainda é enfrentar o preconceito. Assim avaliou a tenente Tenente Rebeca, da Polícia Militar da Paraíba, em entrevista ao Arapuan Verdade, nesta terça-feira (8) em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Como acompanhou o ClickPB, a policial revelou já ter enfrentado o machismo de perto e destacou que enfrenta essas situações com pulso firme, “enfrentei isso mostrando meu trabalho e minha capacidade”, disse.
“Quando cheguei na Polícia, na Rotam, teve um sargento que disse que não ia trabalhar comigo. Ainda bem que tinha testemunha. Um homem da minha própria equipe duvidou se eu seria capaz, e até se recusou a ser comandado por mim. Foi um desafio a mais para mim, pois tive que descontruir esse preconceito nele. Faz quatro anos que estou na Rotam e hoje em dia ele é um grande amigo. Nosso grande desafio é vencer a desconfiança existente, mostrar que somos capaz, de fazer e acontecer”, lembrou.
A Policial, que é do alto Sertão, contou que nunca tinha visto uma mulher na polícia quando criança. Ela disse que fez o primeiro concurso para Corpo de Bombeiros, e o segundo para a Polícia Militar. “Eu não tinha como me manter aqui. Eu parei um pouco a universidade e fui estudar para fazer concurso. Tentei para Bombeiros e não passei. Logo depois fiz para Polícia Militar e passei. Foi a melhor coisa que fiz na minha vida, ser policial militar”, explicou.