RIO — Desde o início da paralisação de parte dos policiais militares, no dia 19 deste mês, o Ceará já registrou 147 assassinatos, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do estado. Os chamados Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) englobam os casos que se enquadram como homicídio doloso/feminicídio, lesão corporal seguida de morte e latrocínio.
Segundo o balanço com os dados mais recentes, no domingo foram registrados 25 mortes. No sábado, o estado contabilizou 34 crimes. Um dia antes, 37.
Na quinta, foram contabilizadas 22 e, na quarta-feira, 29. O amotinamento de parte dos policiais militares começou na terça-feira à noite. Na terça-feira, cinco assassinatos foram computados e três na última segunda-feira. As estatísticas apontam que a violência aumentou diante da paralisação.
LEIA MAIS: João Azevêdo afirma que há conotação política no movimento da Polícia Militar
O governo afastou 168 policiais militares por participação no motim. O afastamento, que durará 120 dias, foi publicado no Diário oficial do Estado desta sexta-feira. Os agentes sairão da folha de pagamento a partir de fevereiro. Ainda segundo o G1, o governo cearense classificou 77 policiais como “desertores” por faltar a convocação para atuar no carnaval.
Na noite de quinta-feira, os policiais e bombeiros militares recusaram o acordo proposto pelo governo do estado de realizar um aumento dos R$ 3,2 mil atuais para R$ 4,5 mil, parcelado até 2022.
O Ceará viveu uma disparada de violência em 48 horas. Entre 6h de quarta-feira e 6h de sexta-feira, foram registrados 51 assassinatos, contra uma média de seis por dia no restante do ano. Nas primeiras 24 horas desse período, os homicídios tinham chegado a 29. As informações são da Secretaria de Segurança Pública do estado.
LEIA MAIS: Ceará chega ao 7º dia de motim da PM com batalhões ocupados, policiais presos e onda de violência