Delegacia já registra quase 60 denúncias do suposto ‘golpe dos bitcoins’ que vitimou paraibanos — Foto:Pixabay
A Delegacia de Repressão ao Estelionato, da Polícia Civil de Pernambuco, já registra quase 60 denúncias contra um jovem de 22 anos acusado de ter sumido com milhares de reais em investimentos na criptomoeda ‘bitcoin’. Os boletins de ocorrência começaram a ser registrados no Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (DEPATRI), no Recife, na quarta-feira (13) e até esta sexta-feira (15) novos denunciantes chegavam ao local para registrar queixa.
O jovem é filho de um ortopedista conhecido em Pernambuco. Diversos médicos, além de advogados e outros profissionais reclamaram que o rapaz sumiu com quantias altas que eles tinham investido na criptomoeda. O corretor informava mensalmente, em planilhas, o andamento dos investimentos e deixou de fazer isso de repente, o que provocou a suspeita por parte dos associados.
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O delegado Rômulo Aires informou, em entrevista exclusiva ao ClickPB, que vai investigar a relação entre o ‘falso investidor’ e as possíveis vítimas. Ele confirmou que há paraibanos e pessoas de outros estados que se sentiram lesadas e procuraram a delegacia. São valores ainda informalmente citados que chegam a R$ 200 mil.
O delegado Rômulo Aires explicou, também, que o advogado do jovem procurou a delegacia e disse que vai levá-lo ao local para os esclarecimentos necessários assim que ele receber alta de uma clínica médica onde está internado.
O Diário de Pernambuco conversou com 10 pessoas que disseram ser vítimas do corretor. Dois são da Paraíba e oito são pernambucanos. Entre os 10, sete são médicos, dois são administradores e um é autônomo, os quais relataram que investiram entre R$ 50 mil e R$ 600 mil.
A Polícia Civil de Pernambuco enviou a seguinte nota ao ClickPB:
A Polícia Civil instaurou inquérito policial para apurar a responsabilidade criminal de um jovem empresário, que seria corretor de ações e que fazia proposta de investimentos e gerenciamento de valores na moeda bitcoin. Ocorre que algumas pessoas que realizaram o investimento estão sentindo-se lesadas, por não conseguir mais contato com o agente financeiro. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Repressão ao Estelionato e tem o delegado Rômulo Aires à frente.