Acampamento

Dois militantes do MST são executados a tiros em fazenda ocupada na cidade de Alhandra

José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando, e Rodrigo Celestino foram executados a tiros por capangas encapuzados, de acordo com nota da direção do MST na Paraíba.

Dois militantes do MST são executados a tiros em fazenda ocupada na cidade de Alhandra

As direções do MST e do PT e do PSTU emitiram notas se solidarizando com o assassinato dos militantes e cobrando justiça — Foto:Reprodução

Dois trabalhadores rurais foram executados neste sábado (08) no Acampamento Dom José Maria Pires, na cidade de Alhandra, na área da Fazenda Garapu, ocupada pelas famílias desde julho de 2017. Eles eram militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-PB). 

José Bernardo da Silva, conhecido como Orlando, e Rodrigo Celestino foram executados a tiros por capangas encapuzados, de acordo com nota da direção do MST na Paraíba. Um grupo de quatro homens armados entrou na área ocupada pelas famílias por volta das 19h, enquanto as vítimas jantavam.

As direções do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra e do PT e do PSTU emitiram notas se solidarizando com o assassinato dos militantes e cobrando justiça.

Nota da Direção do MST Paraíba sobre o assassinato de dois militantes no Acampamento Dom José Maria Pires, município de Alhandra. 

“O que seria deste mundo sem militantes? Como seria a condição humana se não houvesse militantes? Não porque os militantes sejam perfeitos, porque tenham sempre a razão, porque sejam super-homens e não se equivoquem. Não é isso. É que os militantes não vêm para buscar o seu, vem entregar a alma por um punhado de sonhos’.
(Ex-presidente Uruguaio, Pepe Mujica)

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-PB) perde nesta noite de sábado (08) por volta das 19:30 dois militantes: José Bernardo da Silva, conhecido por Orlando e Rodrigo Celestino. Foram brutalmente assassinados por capangas encapuzados e fortemente armados. Isso demonstra a atual repressão contra os movimentos populares e suas lideranças. O ataque aconteceu no Acampamento Dom José Maria Pires, no município de Alhandra na Paraíba. Área da Fazenda Garapu, pertencente ao Grupo Santa Tereza, ocupada pelas famílias em julho de 2017.

Exigimos justiça com a punição dos culpados e acreditamos que lutar não é CRIME. Nestes tempos de angústia e de dúvidas sobre o futuro do Brasil, não podemos deixar os que detém o poder político e econômico traçar o nosso destino. Portanto, continuamos reafirmando a luta em defesa da terra como central para garantir dignidade aos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade.

Justamente dois dia antes das comemorações do Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, são assassinados de forma brutal dois trabalhadores Sem Terra. Neste sentido, convocamos a militância, amigos e amigas, aos que defendem os trabalhadores e trabalhadores, denunciar a atual repressão e os assassinatos em decorrências de conflitos no campo.

Solidariedade à família de Orlando e Rodrigo.

Direção do MST – PB
Lutar, Construir Reforma Agrária Popular!

Nota do PSTU sobre o assassinato de dois militantes do MST no Acampamento Dom José Maria Pires, em Alhandra.

Na noite deste sábado(08) o latifúndio fez mais duas vítimas: dois militantes do MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, foram brutalmente assassinados, por capangas armados, no acampamento Dom José Maria Pires, no município de Alhandra-PB, área da Fazenda Garapu, pertencente ao Grupo Santa Tereza, ocupada pelas famílias desde julho de 2017.

Infelizmente os camaradas José Bernardo(Orlando) e Rodrigo Celestino entram para o Hall dos lutadores contra o latifúndio que deram a sua vida na luta contra as injustiças do campo, junto a eles temos Nego Fuba, João Pedro Teixeira, Margarida Maria Alves e tantos outros que tombaram nessa luta.

Só com uma Revolução Agrária, e com o fim do latifúndio é que poderemos realmente acabar com todas as injustiças no campo e junto com a classe operária construirmos uma sociedade mais justa e igualitária.

O PSTU exige justiça e punição dos culpados, tanto os executores como os mandantes.
Neste momento em que vivemos é preciso unir a classe trabalhadora do campo e da cidade para resistir aos ataques que este governo e os patrões vem aplicando a nossa classe.

Nossa solidariedade aos familiares de José Bernardo(Orlando) e Rodrigo Celestino

PSTU-PB

Partido dos Trabalhadores da Paraíba

Nota

A Direção Estadual do PT PB, vem através desta nota prestar profunda solidariedade aos companheiros e companheiras do MST e a família dos companheiros de luta José Bernardo da Silva e Rodrigo Celestino, ambos brutalmente assassinados por capangas armados e encapuzados na última noite de sábado no  acampamento Dom José Maria Pires na cidade de Alhandra.

Os assassinos usaram armas de grosso calibre para a execução dos nossos companheiros. 

O PT da Paraíba cobra das autoridades policiais e políticas do estado o máximo empenho nas investigações do caso e a prisão imediata dos executores e seus mandantes. 

Quem acha que calando a voz desses companheiros vai intimidar os lutadores e lutadoras do povo e da luta da terra está completamente enganado. O exemplo e o legado de José Bernardo e Rodrigo Celestino será nosso estímulo para continuar resistindo na luta do povo excluído e oprimido da sociedade. 

Viva a luta por terra, trabalho e justiça !

Viva o MST !

Rodrigo Celestino e José Bernardo, presentes !

Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão

João Pessoa, 09 de Dezembro de 2018.

Jackson Macêdo
Presidente do PT PB

NOTA DA CSP CONLUTAS PB ACERCA DO ASSASSINATO DOS MILITANTES DO MST

O Brasil figura, há alguns anos, como um dos principais países aonde mais se criminalizam os movimentos sociais com ameaças de prisão, de processos por lutas em defesa de direitos classistas e por também por morte dos/as militantes destes setores. Isso, infelizmente, atinge especialmente os/as trabalhadores/as do campo brasileiro. E o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) têm sido, ao longo dos anos, um desses movimentos mais atingidos.

Mas, isso não é de hoje. E o Nordeste e a Paraíba são palco, neste período, de assassinatos e também de impunidades sobre estes assassinatos de lideranças e de trabalhadores/as camponesas. Assim foi, por exemplo, com Nego Fuba, João Pedro Teixeira, Margarida Maria Alves, e agora, na noite de 08 de dezembro deste ano, com José Bernardo da Silva (conhecido como Orlando) e Rodrigo Celestino, mortos por jagunços contratados pelo latifúndio no acampamento D. José Maria Pires, em Alhandra, na área da Fazenda Garapu, do grupo Santa Tereza, ocupada desde julho de 2007. A brutalidade do ataque às famílias dos sem terra, que resultou no assassinato dos companheiros citados ocorreu por volta das 19:30h da noite de sábado, 08/12/18, durante o jantar.

Isso demonstra, mais uma vez, que o latifúndio neste país não estabelece, por um segundo sequer, trégua com os trabalhadores do campo, em relação às suas mínimas reivindicações e que, no próximo período, a partir do futuro governo Bolsonaro, a tendência deste é recrudescer cada vez mais. Por outro lado, isso mostra aos/às lutadores/as que não é possível recuar um milimetro sequer na luta pela reforma agrária e contra o latifúndio e o agronegócio. 

Ao mesmo tempo, é fundamental que o movimento discuta, com mais veemência e responsabilidade a autodefesa em suas fileiras e passe, cada vez mais, a exercitar esse princípio em suas organizações como forma de se proteger da truculência do seu inimigo de classe, que tende a ser cada vez maior.

Por fim, a CSP Conlutas na Paraíba EXIGE do governo Ricardo Coutinho e seus órgãos institucionais uma apuração rápida, rigorosa e que os responsáveis por esse assassinato dos militantes do MST em Alhandra não figure como mais uma estatística lamentável na triste história dos movimentos sociais na Paraíba e no Brasil.

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