Tráfico de drogas

Facção alvo da PF é comandada por dois presos, tem conselho com 15 membros e teve R$ 500 mil bloqueados pela Justiça

A terceira fase da operação saiu a campo, nesta quinta-feira (12), para cumprir 24 mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão, em João Pessoa e em São Paulo.

Facção alvo da PF é comandada por dois presos, tem conselho com 15 membros e teve R$ 500 mil bloqueados pela Justiça

Segundo a PF, os investigados responderão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas e organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam 20 anos de prisão. — Foto:Arquivo/Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou a Operação Arpão de Netuno para combater o tráfico de drogas no Estado da Paraíba, articulado pela facção denominada de Nova Okaida RB, que surgiu a partir da reestruturação da antiga Okaida. A terceira fase da operação saiu a campo, nesta quinta-feira (12), para cumprir 24 mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão, em João Pessoa e em São Paulo.

As ordens judiciais foram expedidas pela Vara de Entorpecentes, da Comarca de João Pessoa. A PF descobriu em investigação que, após a Operação Gerônimo, em 2017, a qual responsabilizou os integrantes da OKaida, houve uma reorganização da facção por causa de conflitos internos. Novos líderes subiram de nível de importância, após o afastamento e o decreto da morte de algumas das lideranças anteriores.

Com isso, a nova estrutura da Organização Criminosa (ORCRIM) foi batizada de Nova Okaida RB. Segundo a Polícia Federal, o processo de refundação vem investindo em realizar o cadastro dos integrantes. O aprofundamento das investigações revelou detalhes da estrutura da Nova Okaida RB, forma de funcionamento e identificação de seus integrantes.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 500 mil em contas bancárias movimentadas pelo tráfico de drogas da Nova Okaida RB. Ainda segundo a PF, os investigados responderão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas e organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam 20 anos de prisão.

Sobre o nome da operação, ela é uma alusão ao poder, à força da atuação do Estado na repressão ao tráfico de drogas. A Polícia Federal não concederá entrevista coletiva, tendo em vista o sigilo do processo e a realização de novas diligências investigativas.

Veja o que listou a PF de acordo com as informações descobertas em investigação:

1 – O COMANDO da Organização Criminosa, denominada de PALAVRA FINAL, é exercida pelas pessoas de ROBSON MACHADO DE LIMA, vulgo RÓ, e JOSE ROBERTO BATISTA DOS SANTOS, vulgo BETINHO, ambos presos e cumprindo pena no Presídio PB1, nesta Capital.

2 – A estrutura DELIBERATIVA da Organização Criminosa, denominada de CONSELHO, composta por 15 integrantes, os quais ocupam o segundo escalão hierárquico da ORCRIM, responsáveis pelas principais decisões do grupo criminoso.

3 – Estrutura EXECUTIVA da Organização Criminosa, a qual realizada o loteamento dos bairros de João Pessoa e demais cidades do Estado, com indicação dos responsáveis pelo controle do tráfico de drogas;

4 – Estrutura de CADASTRAMENTO dos integrantes da Organização Criminosa, mediante fichas individuais, constando data de filiação, área de atuação e padrinho responsável pela indicação;

5 – Por fim, a estrutura FINANCEIRA da NOVA OKAIDA RB, denominada de CAIXINHA, a qual consiste na utilização de contas bancárias de terceiros e familiares para ocultação dos valores recebidos com o tráfico de drogas, possibilitando o fortalecimento da Organização Delitiva mediante a aquisição de armas, pagamento de advogados e envio de recursos a integrantes presos e familiares.

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