Do G1 SP
O carro do prefeito Braz Paschoalin foi atingido por diversos disparos quando ele chegavam a uma emissora de Jandira (Foto: Arquivo/G1)
Dois suspeitos de matar o prefeito de Jandira Braz Paschoalin (PSDB) deverão ser indiciados nesta quarta-feira (29), segundo o delegado responsável pelo caso, Zacarias Katzer Tadros. Os dois estão entre as sete pessoas presas suspeitas de envolvimento na morte do político, que foi assassinado no dia 10 de dezembro em frente a uma rádio de Jandira, na Grande São Paulo. Um dos suspeitos já foi indiciado por homicídio triplamente qualificado.
Paschoalin tinha 62 anos e foi morto na Rua Antônio Conselheiro, no bairro Santa Tereza, quando chegava de carro à Rádio Astral FM. Ele costumava ir à emissora todas as sextas-feiras para participar de um programa de entrevistas, no qual ele respondia a perguntas de ouvintes. O motorista também foi atingido pelos tiros.
Em entrevista nesta terça-feira (28), o delegado disse que cerca de 20 pessoas já foram ouvidas no caso e que o inquérito está “bem avançado”. Ele afirmou ainda que novas prisões deverão ser feitas, mas que os nomes não serão revelados para não atrapalhar as investigações.
Nesta terça, o vereador de Jandira Reginaldo Camilo dos Santos (PT), conhecido como Zezinho, foi ouvido pela polícia na condição de testemunha. De acordo com o delegado, ele deu detalhes sobre a administração pública do município.
Presos
Entre as sete pessoas presas suspeitas de envolvimento na morte de Braz Paschoalin está o ex-secretário de Habitação de Jandira, um empresário, um homem que, segundo a polícia, é um famoso estelionatário da cidade, e mais quatro homens, que foram presos no mesmo dia do crime.
Segundo a polícia, o empresário preso tem contratos com a prefeitura da cidade e estava envolvido em esquemas de corrupção e desvio de dinheiro público, juntamente com o ex-secretário de Habitação da cidade.
O barulho produzido por cerca de 15 disparos que mataram Paschoalin puderam ser ouvidos ao vivo por quem acompanhava a programação da rádio. O presidente da associação que administra a rádio da cidade, Fernando Silva, estava apresentando a última reportagem do jornal, às 7h57, quando os tiros foram disparados. No mesmo dia, quatro pessoas foram presas suspeitas de atuarem no assassinato do prefeito.