Junco do Seridó

Trabalhadores que faziam extração de caulim no Sertão da PB são resgatados em situação análoga à escravidão

Os grupo inspecionava minas no Sítio do Galo Branco, cujas banquetas são abertas e exploradas por empresas de beneficiamentos do produto.

Trabalhadores que faziam extração de caulim no Sertão da PB são resgatados em situação análoga à escravidão

Trabalhadores são resgatados de trabalho escravo na Paraíba — Foto:Reprodução

Uma operação resgatou oito trabalhadores que atuavam na extração de caulim na cidade do Junco do Seridó, no Sertão da Paraíba. De acordo com o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), os trabalhadores estavam em condições análogas à escravidão.

Os grupo inspecionava minas no Sítio do Galo Branco, cujas banquetas são abertas e exploradas por empresas de beneficiamentos do produto. No local a equipe encontrou duas equipes de quatro trabalhadores, uma equipe estava extraindo o minério de forma manual, com auxílio de ferramentas manuais e precário sistema de içamento composto por carretel, corda e manivela, montado sob cavalete improvisado de galhos, em banqueta cujas medidas era de aproximadamente 1m² de área de acesso e 12,5m de profundidade. Já a outra equipe estava extraindo o minério de forma manual, com auxílio de ferramentas manuais e de um guincho improvisado, em banqueta de aproximada 1m² de área de acesso e 14m de profundidade.

A fiscalização informou que as pessoas estavam em condições de trabalho extremamente perigosas, utilizando equipamentos montados de forma precária, com risco iminente de quedas e de soterramento, em locais confinados em exposição a riscos atmosféricos. 

Ainda de acordo com a fiscalização as banquetas eram escavadas e exploradas sem qualquer precaução do ponto de vista técnico e sem fornecimento de equipamentos de proteção que garantissem a mínima segurança.

Os trabalhadores recebiam menos de um salário mínimo por mês para passarem pelo menos seis horas por dia no local. Os trabalhadores não tinha acesso a instalações sanitárias nas frentes de trabalho e não tinham fornecimento de água fresca e limpa. 

Os demais direitos trabalhistas, como a carteira de trabalho assinada, também não faziam parte do acerto com as empresas que adquiriam todo o minério que eles retiravam do local.

O caulim retirado das minas era negociado pelas empresas responsáveis pelas atividades do beneciamento, com indústrias nacionais que trabalham com o
produto na indústria de tintas, alpargatas e cerâmicas. 

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