Corrida, superação, fé, resiliência e transformação pessoal são os pilares que sustentam a história de Márlon Fellipe, o convidado deste episódio do programa ClickRun, apresentado por Rodrigo Tucano. A entrevista, disponível no canal G.ClickTV, mergulha em uma narrativa intensa e humana sobre como a corrida pode mudar vidas — e sobre o poder de recomeçar quando tudo parece desabar.
Márlon não é um atleta profissional. É um maratonista amador e narrador esportivo, apaixonado por esporte desde criança. Sua trajetória começa nos ginásios, narrando partidas de futsal na pequena Água Preta, em Pernambuco, e ganha as ruas quando ele descobre, por acaso, o universo das corridas de rua. O que começou como uma brincadeira entre amigos, em 2013, se transformou em uma jornada de autodescoberta e resistência.
Um início despretensioso que virou paixão
Em suas palavras, Márlon começou a correr “pela folia”. Juntou amigos, participou do Circuito das Estações em Recife e, sem pretensão alguma, cruzou a linha de chegada com o coração acelerado, não só pelo esforço, mas por algo novo que nascia ali.
“Foi amor à primeira passada”, ele diz, com aquele humor de quem transforma até as dificuldades em piada.
Depois disso, veio uma longa pausa de quase dez anos. A vida, o trabalho e as responsabilidades engoliram o tempo e a motivação. Até que, num reencontro inesperado com a corrida, ele redescobriu o prazer de correr e a força de seguir em frente, mesmo quando o corpo ou a mente pediam pra parar.
A dor, a lesão e o verdadeiro teste da resiliência
Em 2024, uma lesão no maléolo medial, um pequeno osso do tornozelo, quase o tirou das corridas. A dor era tanta que até colocar uma meia se tornava um desafio. Foram meses de fisioterapia, de angústia e de dúvidas sobre o futuro no esporte.
Mas foi nesse período que Márlon aprendeu a resiliência real, aquela que não vem de frases prontas, e sim da vivência diária de quem insiste, mesmo mancando.
Ele se reergueu. Voltou aos treinos. E em abril de 2025, completou sua primeira maratona, em João Pessoa, enfrentando um calor sufocante e uma umidade alta, mas sem desistir em nenhum momento.
Entre o luto e a força que vem de quem amamos
Talvez o momento mais emocionante da entrevista seja quando Márlon fala sobre setembro, um mês que se tornou símbolo de dor e aprendizado.
Em 2023, ele perdeu a mãe em um acidente doméstico, poucos dias antes de uma corrida em trilha. “Eu não queria ir. Não tinha força. Mas meu irmão disse que ela queria que eu corresse.”
E ele foi. Correu. Não foi fácil, mas com a certeza de que estava sendo guiado por ela.
“Foi a corrida mais difícil da minha vida e a mais significativa”, ele confessa, emocionado.
Esse episódio, mais do que qualquer medalha, representa o espírito que define o atleta e o homem: gratidão, fé e coragem.
Do microfone à maratona
Além de corredor, Márlon é também narrador esportivo, um apaixonado por dar voz às emoções das quadras e das ruas. Começou narrando jogos de futsal no Facebook e, com o tempo, ganhou espaço em competições estaduais e nacionais.
Hoje, sua voz é reconhecida por atletas e torcedores, e seu bordão virou marca registrada:
“Se você correu e não se apaixonou, tente de novo, porque certamente você correu errado.”
No papo com Tucano, ele fala sobre a importância da gratidão(várias vezes, rs), sobre os amigos e profissionais que o ajudaram na jornada, e sobre a relação de cumplicidade com sua treinadora, Jaqueline Alves, de Caruaru.
É uma conversa leve, divertida e cheia de ensinamentos, daquelas que deixam o coração quente e a cabeça cheia de vontade de calçar o tênis e sair correndo por aí.
Assista ao episódio completo no canal G.ClickTV e descubra por que essa é uma das histórias mais inspiradoras do universo da corrida nordestina.
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