Eu ainda sinto a brisa do mar, o cheiro do gramado da Arena das Dunas e aquele aperto gostoso no peito que só a largada de uma prova grande provoca. A Meia do Sol Sicredi 2025 aconteceu nos dias 20 e 21 de setembro, em Natal (RN), e foi sem exagero um daqueles finais de semana que você guarda em caixinhas: uma pra resenha, outra pra corrida, pra a festa e por aí vai. Eu fiz o que já estava dentro do meu planejamento de longão, mas dividido em dois dias: 10 km no sábado e, no domingo, 21 km. Duas largadas, duas chegadas, e um desafio que tem nome: Desafio Meia do Sol 31km.
Estrutura e atmosfera da prova
A prova, já consolidada como uma das maiores do Norte e Nordeste, trouxe uma estrutura apoteótica: largada e chegada no gramado da Arena das Dunas, expo cheia de vida, música pelo percurso e gente de todo canto do Brasil. Oficialmente a edição de 2025 foi a 11ª Meia do Sol, o evento que cresce ano a ano e que desta vez reuniu milhares de corredores.
Dois dias de corrida
No sábado a cidade parecia estar num clima de aquecimento: 5 km, 10 km e expectativa a mil. No domingo, antes do sol tomar conta de vez, as ruas se enchiam de tênis batendo no asfalto e de histórias sendo costuradas quilômetro a quilômetro. Correr duas provas em dois dias pede respeito: ao corpo, à estratégia, e principalmente ao ego, que quer sempre tirar uns segundos a mais do relógio. Mas também pede celebração, porque terminar o fim de semana com três medalhas é provar para si mesmo que somos capazes de ser gentis e brabos ao mesmo tempo.
Organização e números da prova
Do ponto de vista da organização, a Meia do Sol chegou com selo de profissionalismo: premiação ampliada, estrutura reforçada e o selo Ouro da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) nos 21 km, a mais alta chancela para provas de corrida de rua no país, que faz diferença para quem busca performance e segurança. Antes da prova já havia expectativa grande, a projeção falava em mais de 15 mil atletas; depois, dados oficiais apontaram para mais de 16 mil corredores nas ruas da capital potiguar. Isso se traduz em uma energia coletiva que dá gosto de ver e de sentir na pele.
Conexão e comunidade
Falando de corrida e não só de emoção: 10 km no sábado foram para abrir o corpo e a cabeça, uma corrida para sentir as pernas, ajustar ritmo e, claro, encontrar amigos no caminho. Encontros assim são preciosos: a corrida junta gente que, fora dali, talvez nem se esbarrasse. Vi assessorias, corredores solo, famílias e crianças, tudo isso dá corpo ao evento e lembra por que a corrida é também um esporte de comunidade.
Domingo de meia maratona
No domingo, a história muda de tom. A meia maratona exige respeito: hidratação, paciência, olhos nas subidas e coração alinhado com o plano. Largadas cedo têm aquele friozinho, ou calorzinho se você for de Natal, e uma vantagem: as ruas ainda pertencem aos corredores. A paisagem potiguar dá o tom: brisa marítima, postes que vão apagando com o raiar do dia e o público que empurra com gritos e aplausos. Para mim, cada palco da rota musical foi como um suplemento de carboidrato, fazia a gente volta a corrida, ao ritmo e lembrar porque a gente está tão feliz em correr a Meia do Sol.
Percurso e resultados oficiais
Do ponto de vista técnico, a prova manteve os percursos clássicos, com passagens que valorizam a cidade e acomodam bem atletas de diferentes níveis. Na distância dos 10 km, faltaram alguns metros no GPS de muita gente, inclusive no meu. É um ponto de atenção para o próximo ano. A organização disponibilizou resultados oficiais e a cronometragem foi feita por empresa especializada, detalhe que todo corredor agradece quando quer conferir suas marcas e compartilhar conquistas.
Impacto local e apoio Sicredi
Além do esforço individual, vale destacar o quanto o evento movimenta o ecossistema local: hotéis cheios, comércio ativo, expo com marcas e viveiros de conversa entre atletas e profissionais do esporte. A parceria com a Sicredi continua reforçando a parceria de duas marcas que crescem junto em estima pelos atletas amadores. Além de muitas ações na Expo Meia do Sol e presença forte da marca no cuidado com a experiência do corredor. Isso sem contar a visibilidade que a prova traz para o turismo e para a corrida no Nordeste.
Emoção em dose dupla
E a emoção? Ah, essa foi em dose dupla. Cruzar a linha de chegada do 10 km e, no dia seguinte, ver o cronômetro fechar a meia foi tipo assistir a dois atos de uma mesma peça. Rimos com amigos, choramos por dentro de alegria e a sensação de pertencimento bateu forte. As medalhas? Lindas sim, mas o que fica mesmo é a marca que todos foram desafiados e conseguiram. E isso vale ouro.
Cobertura fotográfica e transmissão ao vivo
Praticidade para quem faz conteúdo: a Meia do Sol 2025 teve grande cobertura fotográfica e de vídeo com a Foco Radical, uma bênção para quem, como eu, curte compartilhar a experiência de prova. O canal TCM fez uma transmissão ao vivo da meia maratona, para todo o estado o Rio Grande do Norte. Foi surreal largar e assistir ao mesmo a transmissão nos telões do estádio.
Dicas para quem quer encarar
Se você pensa em encarar a Meia do Sol, vai aqui meu conselho: treine com consistência, respeite o corpo e cuide da recuperação. Se for fazer o Desafio (10 + 21 ou 5 + 21), planeje hidratação e alimentação antes, durante e depois da prova. Seu corpo vai precisar desse cuidado. E, se puder, faça uma coisa que mudou minha corrida: celebre no percurso. Um aceno, um sorriso, um “vai” para o colega do lado, isso transforma dor em lembrança. Isso faz com que sua mente saia do modo sobrevivência e passe a entender que você está correndo, estão cansado mas tudo bem. Não é fuga, é encontro.
Encerramento
Para fechar, deixo uma imagem mental pra você: o gramado da Arena das Dunas ao entardecer, as luzes do dia se apagando devagar, corredores trocando histórias como quem troca medalhas por memórias. A Meia do Sol Sicredi 2025 foi isso: um encontro de suor e poesia, de performance e festa. Eu voltei com as pernas cansadas, a cabeça cheia e o coração aquecido. Com certeza volto no ano que vem para correr e para contar mais.
Se curtiu esse relato, tem vídeo no canal (sim, eu filmei tudo) e, claro, veja se você aparece nele. A nossa saga na Meia do Sol não acaba aqui, essa prova ainda vai dar muito o que falar. Nos vemos na próxima largada. E se você foi, me marca no instagram @voatucano quero ver como a sua história ficou.
Site oficial da corrida: meiadosol.com.br
Instagram: @meiamaratonadosol





