Nocaute

Amanda Nunes bate Julianna Peña e retoma cinturão: “Precisava provar que sou melhor”

Agora, a brasileira queria cinco rounds para mostrar todas as suas habilidades, e assim o fez ao vencer na decisão unânime (50-45, 50-44 e 50-43).

Amanda Nunes bate Julianna Peña e retoma cinturão: "Precisava provar que sou melhor"

Amanda Nunes entrou no octógono do UFC 277, em Dallas, neste último sábado, não para simplesmente voltar a ser campeã peso-galo (até 61,2kg). Ela tinha um ponto a provar, de que é melhor que Julianna Peña em todas as áreas das artes marciais mistas. A americana conseguiu a luta anterior na base da provocação e acabou vencendo. Agora, a brasileira queria cinco rounds para mostrar todas as suas habilidades, e assim o fez ao vencer na decisão unânime (50-45, 50-44 e 50-43).

– Eu já esperava a guerra, Julianna é uma atleta dura, e é luta de cinturão, é isso que a gente tem que esperar, não quero luta fácil também. Precisava provar alguma coisa hoje, então precisava de cinco rounds, precisava não finalizar ela, precisava provar para ela que sou melhor do que ela. Foi muito importante. Tiveram muitos momentos que eu poderia ter finalizado e eu segurei – contou Amanda com exclusividade ao Combate após o evento.

Amanda começou na base de canhota e surpreendeu Julianna Peña na luta. Após alguns knockdowns nos dois primeiros rounds, a brasileira passou a jogar na luta agarrada e pôs a adversária para baixo sempre que quis. Estava tudo nos planos.

– Essa foi a minha estratégia, eu sabia que ela não ia conseguir se ajustar a isso. Ela não é striker, então não conseguiria ler direito, e daí eu ia conseguir conectar, achar meu tempo para botar para baixo, porque a minha estratégia era fazer tudo hoje. Era trocar com ela, era botar para baixo, era fazer jiu-jítsu, e fechar tudo nos cinco rounds.

Amanda, que agora tem 22 vitórias e cinco derrotas no cartel, viu a rival ganhar confiança e foi aí que mudou a estratégia para sair da trocação – onde já levava grande vantagem – e ir para a luta agarrada.

– Quando consegui achar o tempo das minhas quedas, falei: “nossa, vai ser perfeito”. Quando ela pensou que estava conseguindo se achar na luta, conectou uns golpes bons, mas eu precisava disso, precisava dela confiante para botar para baixo, e foi quando comecei a usar meu wrestling e assim finalizei a luta.
Antes da luta deste sábado, Amanda também tinha revelado que o resultado e seu desempenho na luta poderiam ser respostas para as mudanças recentes, principalmente pelo fato de ter saído da ATT e formado numa nova equipe de treinadores.

– A melhor coisa que fiz foi abrir minha academia, ficar em paz comigo mesma. E não é que a American Top Team não me trouxe uma paz, mas foi um ciclo e o ciclo se fechou, e eu precisava de algo novo para evoluir mais. Claro que sou muito grata por tudo que os professores que estiveram comigo esses anos fizeram por mim, principalmente Conan, que foi meu head coach esse tempo, mas eu precisava mudar. Isso era uma coisa que minha mente e meu corpo precisava. Isso já é uma coisa que faço na minha carreira, quando deu errado preciso mudar alguma coisa, isso é coisa minha, não é que de alguma forma quero atacar alguém, é só o meu momento, precisava dessa mudança. E hoje a resposta foi que eu estou no caminho certo.

Amanda ainda não sinalizou sobre a próxima luta. Há algumas possibilidades: trilogia com Julianna Peña; trilogia com Valentina Shevchenko; defender o cinturão dos penas; ou defender o recém reconquistado título com uma nova rival do peso. Todas elas, porém, terão que esperar por um descanso no Brasil.

– Estou sentindo um pouquinho (o joelho), talvez tenha machucado um pouco a mesma lesão que eu tive, e meu pé também. Vamos ver o que é, vou cuidar. Quero ir para o Brasil ver minha família, descansar um pouco, tem três anos que não vejo minha família, minha mãe, preciso desse descanso. Já fiz tanto, eu preciso dar um tempo para mim também.

A Leoa, que voltou a ser campeã em duas categorias de peso novamente, completou citando a importância que as mudanças trazem a você.

– Me senti realizada. Fazer história é a minha vida, nasci para isso, a vida me dá esses presentes, me ajuda a acordar no momento certo: “ei menina, vamos nos ajustar aí senão não vai a lugar nenhum”. Aí vou, tomo aquele tapa na cara da vida, me organizo, e volto de novo. E a vida é isso, não pode desistir, acredito muito em mim, no meu potencial, tenho muita coisa a botar no meu jogo, e só está começando.

Fonte: Combate.com

COMPARTILHE

Bombando em Nocaute

1

Nocaute

Jiri Prochazka pede revanche com Alex Poatan “o mais rápido possível”

2

Nocaute

“Pensei que tinha apagado”, diz Charles do Bronx sobre Tsarukyan no UFC 300

3

Nocaute

UFC 300: Poatan nocauteia Jamahal Hill no primeiro round e pede vaga no UFC Rio

4

Nocaute

PFL: após “correria” em 2023, Bruno Robusto aposta no planejamento para faturar título

5

Nocaute

Patricky Pitbull sobre rival na estreia na PFL: “Espero que caia babando”