Nocaute

Animado para lutar ‘em casa’, Nuguette avisa adversário: ‘Brasileiro é coração na ponta da luva’

Em coletiva de imprensa organizada pelo Ultimate na última semana, no Rio de Janeiro, Nuguette falou sobre os temas acima e mais diversos assuntos

Animado para lutar 'em casa', Nuguette avisa adversário: 'Brasileiro é coração na ponta da luva'

Alan Nuguette — Foto:Divulgação

Após conhecer pela primeira vez o sabor da derrota, em junho do ano passado, Alan Nuguette deu a volta por cima no último mês de março, quando derrotou Damien Brown por decisão unânime, no UFC Fight Night 85.

Cerca de seis meses depois, o brasileiro retorna ao octógono, e desta vez em um lugar muito especial, Brasília, onde Nuguette – nascido em Manaus (AM) – foi criado. Seu adversário será o duro Steven Ray, e o lutador da X-Gym aposta na sua boa preparação e na força da torcida para somar sua 14ª vitória na carreira. 

Em coletiva de imprensa organizada pelo Ultimate na última semana, no Rio de Janeiro, Nuguette falou sobre os temas acima e mais diversos assuntos, entre eles a afirmação de Ray de que o plantel do UFC seria “fraco”.

“Acho que ele está totalmente equivocado (risos). Ele estava lutando no cage lá da Inglaterra e lá pode ser fácil, mas o UFC tem um padrão de qualidade muito alto, então buscam atletas muito bem credenciados, que venham de bastantes vitórias e não só na sua região. Ele deve ter pego alguns caras que estão na organização há muito tempo e você começa a pegar leve um pouquinho, né (risos). Ficar na rotina de trabalho, no vai e volta. Eu não, estou cheio de fome, tenho filho, aluguel para pagar, uma família muito grande atrás, então tenho que produzir. Então, ele vai ter um problema muito grande pela frente (risos). Estou com vontade de vencer e todo mundo sabe que com a vitória o UFC dá um brilho a mais”, respondeu o peso-leve brasileiro.

Confira a entrevista com Alan Nuguette abaixo:

– Grande apoio da torcida brasileira

É muito bom. Ter aquele couro, mais de 20 mil pessoal gritando ‘Eu sou brasileiro…’, aí você vai com tudo, às vezes sai até um pouco da estratégia e começa a bater mais, querer brigar mais. A torcida brasileira é a número um do mundo, exemplo a ser seguido. Parece até estádio de futebol. E quando nocauteia ou finaliza, parece até um gol de final de Copa do Mundo, todo mundo pulando, gritando, não tem sensação melhor para quem está ali dentro do octógono. Brasileiro é diferente, é coração, muito diferente do europeu, do americano, e também memória curta. E graças a Deus que brasileiro tem memória curta, porque se não a gente estava enrolado (risos). Brasileiro é isso aí, arrepia, se comove com tudo, e eu vou lutar por eles, com certeza.

– Jogo do seu adversário, Steven Ray

Vi que ele tem um jogo parecido com o meu, ele gosta de trocar ali um pouco, joga bastante direto, não bate tanto com a mão da frente, é um cara que tem um Jiu-Jitsu mediano e a gente já está acostumado com um nível alto. Vai ser uma luta boa, o Josuel e o Camões já o estudaram, a gente tá fazendo uma preparação física diferente, com um espaço show de bola que foi usado pela equipe AA dos EUA. Vou falar pra ele vir quente que eu estou fervendo, vai ser na minha terra, vou lutar com o coração na ponta da luva. Serão duas carretas se batendo, e a blindagem mais fraca vai quebrar, e no fim eu espero que seja a dele (risos).
– Declaração sobre lutas fáceis no UFC

Acho que ele está totalmente equivocado (risos). Ele estava lutando no cage lá da Inglaterra e lá pode ser fácil, mas o UFC tem um padrão de qualidade muito alto, então buscam atletas muito bem credenciados, que venham de bastantes vitórias e não só na sua região. Ele deve ter pego alguns caras que estão na organização há muito tempo e você começa a pegar leve um pouquinho, né (risos). Ficar na rotina de trabalho, no vai e volta. Eu não, estou cheio de fome, tenho filho, aluguel para pagar, uma família muito grande atrás, então tenho que produzir. Então, ele vai ter um problema muito grande pela frente (risos). Estou com vontade de vencer e todo mundo sabe que com a vitória o UFC dá um brilho a mais, então vou buscar isso.

– Importância da sua primeira derrota

A derrota não foi importante, não (risos). Mas a gente vê que nada é para sempre. Eu vinha num caminho de cinco anos sem saber o que é derrota, trabalhando forte e não é desculpa eu ter perdido aquela luta, houve um erro de arbitragem, assim como aconteceu recentemente com o Werdum. Um atleta nunca pede para parar a luta, se você pede isso, automaticamente desistiu. Se a galera conseguir rever, eu acertei um soco no olho dele, ele chega para trás e pede tempo por causa de dedo no olho. Como assim? O árbitro está lá para ver isso. Ele que decide se tem que parar ou recomeçar, então ele se precipitou. Teve um tempo médico dele, ficou cinco minutos descansando, já voltou bem, no segundo round ele veio melhor, mas vamos esquecer isso, quem vive de passado é museu, bola para frente. Minha motivação é minha família e vamos seguir. 

CARD COMPLETO:

UFC Brasília
Ginásio Nilson Nelson, em Brasília
Sábado, 24 de setembro de 2016

Card principal
Cris Cyborg x Lina Lansberg
Renan Barão x Phillipe Nover
Roy Nelson x Antônio Pezão
Francisco Massaranduba x Paul Felder
Thiago Marreta x Eric Spicely
Godofredo Pepey x Mike de La Torre

Card preliminar
Gilbert Durinho x Michel Trator
Rani Yahya x Michinori Tanaka
Jussier Formiga x Dustin Ortiz
Erick Silva x Luan Chagas
Alan Nuguette x Steven Ray
Vicente Luque x Hector Urbina
Glaico França x Gregor Gillespie

Fonte: Tatame

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