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Bruno Oliveira mira vaga no UFC para dedicar ao pai: “Esse era o sonho dele”

Lutador da American Top Team, que é formado em Publicidade, divide a rotina de treinos com a função de entregador para complementar a renda. Ele encara Carlos Ulberg nesta quarta de olho no contrato com o Ultimate.

Bruno Oliveira mira vaga no UFC para dedicar ao pai: "Esse era o sonho dele"

A frase “meu pai, meu herói”, inscrita na camisa do Corinthians, não deixa dúvida da importância que Seu Geraldo tinha – e sempre terá – na vida de Bruno Oliveira. O lutador, que tenta uma vaga no UFC neste quarta-feira, através do Contender Series, em Las Vegas (EUA), contra Carlos Ulberg, pelo peso-meio-pesado, pode realizar o sonho do patriarca, caso vença o neozelandês e assine contrato com a organização.

O falecimento do pai, em 2015, foi um dos momentos mais duros da vida de Bruno Oliveira, que decidiu prestar uma homenagem em sua camisa.

– Entrei em algumas lutas com esse “patch”. Meu pai, Geraldo, faleceu vai fazer cinco anos. Ele foi meu maior incentivador, quem me colocou no esporte, quem me levou na capoeira e me educou. Ele falava: “Você tem que viver do esporte”. Não perdia uma luta minha. Após o falecimento dele eu cheguei a lutar um mês depois e aconteceu minha primeira derrota. Eu senti na vontade de dar a volta por cima e homenagear meu pai. Por isso, em duas ou três lutas, entrei com o “patch” na blusa e no calção. (…) Ele tinha problemas com álcool, estava há dez anos doente. Estava bem, mas acabou que piorou. Em uma certa idade, não aceita opinião dos outros, não ouvia os conselhos e faleceu pela cirrose, novo, mas é a vida. Entrar no UFC vai ser a realização do meu sonho e do meu pai. Antes de falecer, ele conversou algumas coisas comigo. Esse era um sonho dele. É a realização de um trabalho de anos buscando a mesma coisa – contou o atleta, que soma oito vitórias e um revés, ao Combate.

Formado em Publicidade e Propaganda, Bruno Oliveira quer entrar no UFC não só para homenagear o pai, mas também para transmitir uma imagem positiva aos mais novos.

– Como bom publicitário (risos), acho que minha imagem fala por si, pois sou um cara legal, descolado, bom tecnicamente. Todo mundo ficará surpreso com o que vai ver. Não sou o bad boy, que vai fazer polêmica falando mal dos outros, mas venderia minha imagem como um exemplo para a criançada, para os adolescentes. Um cara que trabalha duro, mas que sabe se divertir.

E por falar em trabalhar duro, engana-se quem pensa que a rotina de Bruno Oliveira se resume aos árduos treinamentos na academia American Top Team, na Flórida, onde treina desde que deixou a equipe do Corinthians, em São Paulo, há dois anos. Para se manter no exterior, o paulista dá aulas de muay thai e trabalha como entregador.

– Eu dou aula de muay thai e boxe. A gente trabalha muito na Flórida. Faço delivery para complementar a renda. Dirijo várias horas por dia, às vezes, trabalho como segurança. O delivery ajuda a me manter, pagar as contas e tenho flexibilidade para encaixar nos treinos, que pode ser de manhã e à tarde. Em um trabalho comum, você fica preso o dia todo.

Se vencer Ulberg e ingressar no Ultimate, Bruno Oliveira, enfim, conseguirá focar apenas no MMA e apresentará seu estilo ao mundo – ele diz ser parecido com o de Anderson Silva.

– Minha vida pode mudar de um dia para o outro, vou poder viver 100% para os treinos. Hoje eu preciso trabalhar, sobreviver. É aquela correria para se manter. Entrando no UFC, acaba tendo mais condições de só treinar e ficar pronto para a próxima luta. Eu me inspiro no Anderson Silva até hoje. O meu estilo de luta se assemelha muito ao dele, solto, trocador, com bastante contra-golpe, sem deixar o adversário ler o que vai fazer. Luto meio descontraído, só não brinco (risos).Tento usar movimentos que acabei pegando dele por assisti-lo muito. Tinha época que eu assistia três ou quatro horas por dia. O estilo ficou próximo – encerrou o brasileiro, que será apenas o terceiro oponente da carreira de “Mr. Marvelous”.

Fonte: Combate.com

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