Em setembro do ano passado, Mayra Sheetara comemorava sua estreia com finalização no UFC São Paulo, conquistada um mês após ser contratada pela organização no Contender Series Brasil. A carreira parecia que deslancharia – até que uma lesão no joelho esquerdo na vitória contra Gilian Robertson, no Ginásio do Ibirapuera, a forçaria a ficar fora de ação durante 2019 inteiro.
Um ano após o duelo, Mayra Sheetara está em reta final de recuperação. Em entrevista ao Combate.com academia Chute Boxe, comandada por Diego Lima, em São Paulo, a mineira espera recuperar o tempo perdido, em 2020.
– Eu pretendo lutar bastante ano que vem, fazer cinco ou seis lutas. Quero compensar esse ano estamos. Com calma, inteligência e voltando a treinar, vou deixar que meus empresários trabalhem nisso, que os médicos vejam como está e vou deixar para o Diego ver que acha melhor para a minha carreira e como crescerei no evento. Janeiro é uma data boa, excelente para lutar. Estou confiante de que dará certo voltar nessa data, estou trabalhando duro para dar tudo certo e, se deus quiser, estar de volta.
Sheetara – que assinou contrato com o Ultimate ao finalizar Mayana Kellen no Contender Brasil, realizado em Las Vegas (EUA) – tem treinado normalmente, utilizando uma proteção no joelho esquerdo. Ela, porém, ainda evita algumas determinadas atividades até que haja a liberação total dos médicos.
– Faço teste de força para comparar os joelhos. O último fiquei com 15% de diferença. O médico me pediu para voltar no fim do mês para ver como estou. Estou fazendo força e, se estiver com menos de 5% de diferença, ele me libera. O que não estou fazendo é wrestling. Estou treinando boxe, jiu-jítsu, muay thai. Estou bem.
Se por um lado é funcionária do Ultimate, por outro Sheetara, assim como os demais lutadores da entidade, não recebe salário mensal. O dinheiro vem somente da bolsa recebida quando entra no octógono, portanto, ela nada recebeu em 2018. A mineira tem contado com o que recebeu em 2018 e com a ajuda da namorada, a também lutadora Glorinha de Paula. Entretanto, espera não demorar para pisar novamente no cage, afinal, os boletos não dão trégua.
– Tenho uma pessoa sensacional do meu lado, que é a Glorinha. Se não fosse por ela eu teria passado uma barra. Não é fácil porque não recebemos para isso, mas ela consegue administrar a minha ansiedade. Graças a ela consegui manter os pés no chão para ficar tranquila e aproveitar o dinheiro que ganhei do Contender e da primeira bolsa. A ansiedade de voltar a lutar é… até quando vamos nos manter? Tive a ajuda dela, da família dela e nos mantivemos. Preciso voltar ao trabalho, senão o negócio vai apertar (risos).
Fonte: combate.com