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Khabib rejeita comparação com Ali e elogia Gaethje: “Me preparei para tentar derrubá-lo cem vezes”

Campeão linear peso-leve do UFC acha que rival impõe um desafio maior do que teve com Conor McGregor e Dustin Poirier, mas aposta em seu jogo de luta agarrada para mais uma vitória.

Khabib rejeita comparação com Ali e elogia Gaethje: “Me preparei para tentar derrubá-lo cem vezes”

Khabib Nurmagomedov faz sua terceira defesa do cinturão peso-leve do UFC neste sábado, contra o americano Justin Gaethje, na edição 254 do Ultimate, na Ilha da Luta, em Abu Dhabi. O estilo do russo, que costuma levar seus adversários ao chão e pressionar na luta agarrada, todos conhecem. Já Gaethje tem grande habilidade de trocação, acumula lutas carregadas de emoção e soma 19 nocautes em 22 vitórias na carreira. Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, Khabib elogiou as habilidades do oponente, mas afirmou que vai impor seu estilo ainda que pela insistência.

— Ele tem um dinamite nas mãos e chutes muito bons. Todos ficam bem quando estão de pé, mas quando eu agarro muda um pouco. Acho que Gaethje é melhor no wrestling do que Dustin Poirier e Conor McGregor, por exemplo. Vai ser um pouco mais difícil. Mas eu me preparei para tentar derrubá-lo cem vezes. Vai ser muito interessante no sábado à noite — declarou o atual campeão linear do Ultimate.

Khabib revelou uma conversa com Daniel Cormier, ex-campeão dos pesos pesado e meio-pesado do UFC, para explicar seu entendimento de que o wrestling praticado pelos americanos durante uma luta de MMA não é comparável ao jogo que ele pratica e aprendeu no Daguestão, na Rússia. Mais uma vez, o peso-leve menciona a insistência em impor quedas ao adversário, seu objetivo maior durante os confrontos.

— Essa é a grande diferença entre o wrestling dos Estados Unidos e o do Daguestão. Eu acho que tem uma diferença enorme. Eu sei que ele (Gaethje) sabe como lutar wrestling, mas deve se preocupar com isso por 25 minutos. Eu disse ao Daniel Cormier hoje: “Quando você lutou com o Stipe Miocic da última vez, você agarrou a perna dele em um momento e o derrubou. Ele se levantou rápido e você parou. Todo o restante da luta aconteceu em pé”. Entre eu e o Cormier há uma grande diferença. Se eu tentar derrubá-lo uma vez e ele se defender, vou continuar tentando a noite toda.

Khabib está perto de cumprir um antigo desejo que compartilhava com seu pai, morto em julho deste ano, de se aposentar com a marca de 30 vitórias e nenhuma derrota no cartel — hoje o russo tem 28 triunfos. Apesar disso, quando perguntado sobre os planos para uma luta final caso vença Gaethje no sábado, ele disse estar focado apenas no confronto atual, sem ocupar a cabeça com planos a longo prazo.

Outras perguntas surgiram com relação ao legado que Khabib pretende deixar para o mundo do MMA e dos esportes de combate, algo que ele responde com modéstia e incerteza, principalmente sobre uma comparação com os boxeadores Muhammad Ali e Myke Tyson. Assim como Khabib, os dois americanos imprimiram uma longa invencibilidade durante a maior parte da carreira.

— Como Muhammad Ali…? Ele é de um nível diferente. Mike Tyson já é um patamar mais semelhante, mas Ali é uma personalidade de outro nível. Quanto a mim… não sei (risos). Eu cresci querendo ser igual a esses caras. Não sei se posso chegar perto deles, só quero ir ganhando minhas lutas e no futuro vemos o que vai ser. Quando eu me aposentar, só quero estar invicto e ser o campeão peso-leve indiscutível do UFC. Dentro do esporte eu tenho essa meta. Já fora do octógono… honestamente não sei. Tenho muitos objetivos, vocês ainda vão ver.

Fonte: Combate.com

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