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Retrospectiva 2020: de Anderson Silva a Daniel Cormier, o fim da linha para lendas do MMA

Quatro futuros integrantes do Hall da Fama penduraram suas luvas em 2020, alguns deles de forma surpreendente e há quem acredite que eles irão voltar.

Retrospectiva 2020: de Anderson Silva a Daniel Cormier, o fim da linha para lendas do MMA

Seja por conta da idade avançada para praticar um esporte em alto nível, uma falta de motivação para continuar competindo ou até mesmo uma promessa para a família, o ano de 2020 foi o fim da linha para algumas lendas do MMA, que certamente terão seus nomes registrados na história do esporte.

A decisão de pendurar as luvas não costuma ser uma tarefa fácil, mas em muitos casos é, de fato, a melhor opção a se fazer.

DANIEL CORMIER – Daniel Cormier completou 41 anos em março e só tinha mais uma missão para cumprir no esporte: definir quem seria o dono do cinturão dos pesos-pesados, ele ou Stipe Miocic. DC prometeu que o confronto de desempate com seu rival seria sua última aparição no octógono, seja qual fosse o resultado. Dono de uma bela carreira no wrestling, campeão de um torneio de pesos-pesados no extinto Strikeforce e ex-campeão de duas categorias no UFC (meio-pesado e pesado), a carreira do americano foi pra lá de vitoriosa no esporte.

Cormier perdeu o tira-teima contra Miocic em agosto, no UFC 252, e garante que aquela foi a última vez em que esteve em ação.

Com 22 vitórias, três derrotas e um No contest (sem resultado), DC vai deixar saudades.

ROGÉRIO MINOTOURO – A idade também chegou para Rogério Minotouro. Aos 44 anos, o irmão gêmeo de Rodrigo Minotauro lidou com uma série de lesões em boa parte do seu final de carreira, e decidiu terminar sua trajetória enfrentando seu principal rival, o compatriota Mauricio Shogun, pela terceira vez.

Em 2005, eles se enfrentaram no Pride, no Japão, em um combate que é considerado até hoje como um dos melhores da história do MMA. Dez anos depois, uma revanche no UFC 190, no Rio de Janeiro, empolgou os fãs, que puderam ver os dois ídolos se enfrentarem em solo nacional. Este ano, em Abu Dhabi, aconteceu o terceiro encontro. Shogun, por sinal, venceu os três duelos, todos na decisão dos jurados, em ótimos confrontos.

Minotouro não conquistou cinturões, mas vitórias importantes diante de lendas como Dan Henderson, Rashad Evans e Tito Ortiz deram ao lutador baiano um espaço entre os grandes do esporte.

HENRY CEJUDO – Há quem desconfie que sua decisão não é definitiva, mas Henry Cejudo decidiu se aposentar em maio, após vencer Dominick Cruz no UFC 249. Campeão olímpico de wrestling, e dono dos cinturões dos moscas e dos galos do Ultimate, Cejudo se auto intitulou como “Triplo C” (Triplo Campeão), e a verdade é que ele fez mesmo história no esporte.

O americano não só desbancou o então imbatível Demetrious Johnson, como subiu de peso para tomar o título de TJ Dillashaw. Dono de um jogo de quedas acima da média e uma evolução nas outras áreas do MMA de encher os olhos, Cejudo também usou bastante outra ferramenta importante para crescer no esporte: o microfone. Foi com ele que o americano ganhou espaço na mídia e entre os fãs – amando-o ou odiando-o.

Há quem diga, e o próprio (ex-)lutador mesmo admite, que por cifras milionárias ele pode repensar seus planos e sair da aposentadoria. Ou seja, quem quiser vê-lo em ação novamente terá, literalmente, que pagar para ver.

KHABIB NURMAGOMEDOV – Mas ninguém surpreendeu mais em 2020 ao anunciar que sua carreira de MMA chegava ao fim do que Khabib Nurmagomedov. O campeão dos leves do UFC viveu um drama pessoal este ano, ao perder seu pai e grande incentivador, Abdulmanap Nurmagomedov, por conta da covid-19, em julho. Muito ligado a ele, o lutador russo subiu ao octógono três meses depois e não tomou conhecimento de Justin Gaethje, no UFC 254, finalizando-o com um triângulo no segundo round.

Após a luta, ainda no octógono, Khabib comoveu a todos ao chorar copiosamente naquela que foi sua primeira apresentação após a morte de seu pai. Primeira e última. Na entrevista depois da vitória, o lutador avisou que prometeu à sua mãe que aquela seria sua última luta de MMA na carreira.

Com apenas 32 anos e um currículo de inacreditáveis 29 vitórias e nenhuma derrota, Khabib certamente verá Dana White nos próximos meses tentando convencê-lo a voltar aos ringues. Tanto que o UFC ainda não o destituiu do posto de campeão dos leves. Dizem que dinheiro jamais seria um motivo para convencê-lo a abandonar sua promessa, mas, caso seja, Dana certamente saberá os números que poderão fazê-lo mudar de ideia.

CONOR MCGREGOR E ANDERSON SILVA?                  

Em 2020, dois outros grandes campeões anunciaram suas aposentadorias, mas mudaram de ideia, sendo que um deles tem até luta marcada.

Em junho, Conor McGregor avisou em suas redes sociais que estava se aposentando. A incrível atuação contra Donald Cerrone, em janeiro, teria sido, então, sua última apresentação. Mas esta foi a terceira vez que o lutador irlandês fez tal anúncio e ninguém o levou muito a sério. Talvez, nem ele mesmo. Tanto que McGregor já tem data marcada para voltar ao octógono. No dia 23 de janeiro, ele fará a luta principal do UFC 257 contra Dustin Poirier. Um combate que pode até definir o novo campeão dos leves. Tudo dependendo de como será o poder de convencimento de Dana White com Khabib Nurmagomedov.

Maior nome do MMA brasileiro em todos os tempos, Anderson Silva havia garantido que sua luta contra Uriah Hall, em outubro, marcaria sua despedida do esporte. O ex-campeão dos médios teria duas lutas no contrato com o UFC, mas depois de enfrentar Hall sairia amigavelmente do evento para pendurar as luvas. Mas não foi bem assim. Anderson acabou derrotado em sua última apresentação, porém, semanas depois, avisou em suas redes sociais que ainda se sente motivado a competir e que pode sim voltar a lutar.

Só não será no UFC, de quem o Spider disse se sentir “livre”.

Fonte: Combate.com

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