Daí pra frente, a hora que ele quiser e onde quiser, disparou Werdum para Cigano — Foto:Divulgação
A rivalidade entre Junior Cigano e Fabricio Werdum parece esquentar cada vez mais. Acusado pelo compatriota de ter fugido de enfrentá-lo em três oportunidades, o Vai Cavalo rebateu as provocações feitas pelo atleta da American Top Team (ATT) recentemente e lançou o desafio: caso o campeão Stipe Miocic não possa voltar a atuar em breve, quer enfrentar Cigano pelo cinturão interino dos pesos-pesados (até 120kg). Entretanto, faz questão de ressaltar sua condição de primeiro colocado do ranking da divisão e, caso o americano esteja pronto para voltar, considera-se no direito de ser o próximo desafiante.
– O Cigano está falando demais. Até queria lançar um desafio para não ter essa coisa. Fico de cara que as pessoas falam que correu, está com medo, mas tem 20 anos que luto. Lutei com os melhores do mundo e vou ter medo do Cigano? Umas besteiras que não dá para entender. Ele fala que estou correndo, que sou uma mentira que deu certo, então por que ele quer lutar com uma mentira que deu certo? Quer lutar com um cara que é mentira? Os fãs falam, mas não acredito, que é inveja. Ele já foi campeão, não sei porque tem isso comigo. Ouvi que o Miocic está com problemas de contrato e quer receber mais, mas quero lançar o desafio de uma luta pelo cinturão interino, eu e Cigano. Só marcar a data certa para que a gente lute. Sem substituir alguém ou lutar com outro cara que eu não estava preparado para lutar seis dias antes. Tem que marcar um negócio certo. Seria justo eu fazer a luta contra ele pelo cinturão interino, caso o Miocic não possa lutar. Porque eu sou primeiro do ranking, sou o próximo, eu que tenho que lutar com o Miocic. Não tem outro – afirmou.
Cigano enfrentaria Stefan Struve no dia 11 de fevereiro, no UFC Halifax, porém, o holandês sofreu lesão no ombro e deixou o card. Werdum foi contactado pela organização para ser o substituto e fazer a luta principal do evento no Canadá, mas recusou. Ele explicou que tem compromissos marcados na Coreia do Sul, Rússia e América Latina e, após Cain Velásquez ter saído do UFC 207, quando o enfrentaria no dia 30 de dezembro, decidiu tirar férias com a família e deu uma pausa nos treinos.
Além de desafiar Cigano para lutar pelo título interino, Werdum foi além e decidiu fazer um segundo desafio, para que aconteça após eles se encontrarem dentro do octógono.
– Não posso substituir alguém ainda. Ele fala muita besteira, não consigo entender. Deve ser pelas pancadas que ele tomou do Cain Velásquez duas vezes. Tenho outro desafio para ele também. Tem esse do cinturão interino se o Miocic não puder lutar, e também fazer uma luta na academia. Depois que lutar no octógono, nós dois ganharmos dinheiro, lanço o desafio de ir na academia dele. Vou até a Flórida e faço um desafio: vamos fazer uma luta sem tempo, só acaba se alguém bater ou nocautear. Mas não tem tempo, não pode pedir pra parar porque está cansado. É o desafio que lanço para o Cigano, para podermos fazer isso depois da luta. E quem ganhar vai ter o direito de postar nas redes sociais. Os dois poderão filmar e será dentro da academia. Independente de quem ganhar, a gente faz esse desafio e faço uma visita para ele lá, para ele me largar de mão e ver que não é bem assim que funciona. Eu ligaria para o (Ricardo) Libório (líder da ATT), a quem considero e respeito muito como pessoa e professor, para avisar que eu estaria chegando. Não seria nada de surpresa. Seria a portas fechadas, não tem nem como chamar a mãe. Ou bate pegando (finalizando) ou nocauteia, não tem outra alternativa – disparou.
De olho no retorno, Werdum planeja lutar em maio e voltou a provocar Cigano ao questionar a evolução de ambos desde o primeiro encontro entre eles, quando o atleta da ATT venceu por nocaute, em 2008.
– Como te falei, fevereiro estarei bem ocupado, muitas coisas para fazer, muitas viagens, até começar a treinar de novo acho que seria a partir de maio. Daí pra frente, a hora que ele quiser e onde quiser. Quero mostrar para o Cigano também que fiquei sabendo de uma coisa que foi engraçada. Quando ganhei do Cain Velásquez, me contaram que ele estava torcendo para mim no México. Eu falei: “Ele não estava torcendo, ele só não queria levar outro pau do Velásquez pensando que podia ganhar de mim”. Na cabeça do Cigano, eu sou aquele lutador de 2008. Até queria fazer uma enquete com a galera sobre quem evoluiu mais de 2008 até hoje: o Cigano, com o jogo dele, ou o Werdum. Quem evoluiu mais no MMA? Ele está sequelado já. Está “sonado”. Tomou muita pancada daquela vez, só pode ser isso. Por isso fala muita besteira. Como fala essa besteira que falou, de que sou uma mentira que deu certo? É só olhar a história de cada um e ver. Você fala o que quer e escuta o que não quer – finalizou.
Fonte: Portal Combate