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Bolsonaro defende revisão de política de preços para conter alta dos combustíveis

"O petróleo – o que é tirado do petróleo – leva-se em conta o preço fora do Brasil. Isso não pode continuar acontecendo", disse Bolsonaro.

Bolsonaro defende revisão de política de preços para conter alta dos combustíveis

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL) — Foto:Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) — Diante da disparada do preço do petróleo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (7) que o governo estuda rever a política de paridade internacional de preços da Petrobras.

“Tem uma legislação errada feita lá atrás que você tem uma paridade com o preço internacional [dos combustíveis]. Ou seja, o petróleo – o que é tirado do petróleo – leva-se em conta o preço fora do Brasil. Isso não pode continuar acontecendo”, disse Bolsonaro, durante entrevista a uma rádio de Roraima.

“Estamos vendo isso aí, sem ter nenhum sobressalto no mercado. Está sendo tratado hoje à tarde, em mais uma reunião”.

O chamado PPI (Preço de Paridade de Importação) foi implementado em 2016, durante o governo Michel Temer (MDB) e na gestão do ex-presidente da Petrobras Pedro Parente.

O presidente citou que devem participar da discussão desta segunda sobre o tema autoridades dos ministérios da Economia e do Ministério de Minas e Energia, além da própria Petrobras.

“Leis feitas erradamente lá atrás atrelaram o preço do barril produzido aqui ao preço lá de fora, esse é o grande problema. Vamos procurar uma solução para isso de forma bastante responsável”, complementou o presidente.

Ele disse ainda que, caso o avanço do preço internacional dos combustíveis fosse integralmente repassado aos postos, haveria um reajuste de cerca de 50% para os consumidores. “Não é admissível”, disse Bolsonaro.

“A população não aguenta uma alta com esse percentual aqui no Brasil”.

Nesta segunda, um possível embargo ocidental ao setor energético russo provocou a disparada dos preços do petróleo e do gás natural, assim como a queda das Bolsas ao redor do mundo por temor de desaceleração da economia mundial.

O preço do barril de Brent do Mar do Norte se aproximou de US$ 140 (R$ 710) no domingo à noite, muito perto do recorde absoluto de US$ 147,50 (R$ 748) de julho de 2008.

Isto aconteceu depois que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que Washington e seus aliados debatem a proibição das importações de petróleo e gás da Rússia.

Os americanos e aliados têm imposto uma série de sanções econômicas contra Moscou pela invasão da Ucrânia.

A crítica à política de paridade de preços não é a única medida que foi defendida por Bolsonaro nos últimos dias.

Na quinta (3), o presidente defendeu que a Petrobras reduza lucros para evitar uma alta brusca nos combustíveis.

“Estamos vendo aqui na mídia – e é verdade – o lucro que a Petrobras está tendo. Em um momento de crise como esse, eu acho que esse lucro, dependendo da decisão dos diretores, do conselho e do presidente, poderia neste momento de crise ser rebaixado um pouquinho para a gente não sofrer muito aqui”, afirmou Bolsonaro, na ocasião.

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