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Bolsonaro diz que vazamento de dados pessoais por grupo de hackers é ‘clara medida de intimidação’

Em uma publicação no Facebook, Bolsonaro também disse que está adotando medidas legais contra os responsáveis.

Bolsonaro diz que vazamento de dados pessoais por grupo de hackers é 'clara medida de intimidação'

"Em clara medida de intimidação o movimento hacktivista 'Anonymous Brasil' divulgou, em conta do Twitter, dados do presidente da República e familiares. Medidas legais estão em andamento, para que tais crimes não passem impunes", escreveu. — Foto:Reprodução

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) classificou como “clara medida de intimidação” a divulgação, por um perfil que se identifica como sendo do grupo de hackers Anonymous Brasil, de seus dados pessoais e de dois de seus filhos.

Em uma publicação no Facebook, Bolsonaro também disse que está adotando medidas legais contra os responsáveis.

“Em clara medida de intimidação o movimento hacktivista ‘Anonymous Brasil’ divulgou, em conta do Twitter, dados do presidente da República e familiares. Medidas legais estão em andamento, para que tais crimes não passem impunes”, escreveu.

Os filhos do mandatário que também tiveram dados pessoais divulgados foram o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Também foram expostas informações atribuídas à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, e ao deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP). Pouco depois, as informações foram retiradas do ar.

O Ministério da Justiça determinou à Polícia Federal a instauração de um inquérito para apurar o vazamento.

“Determinei à PF a abertura de inquérito para investigar vazamento de informações pessoais do presidente Jair Bolsonaro, seus familiares e demais autoridades. As investigações devem apurar crimes previstos no Código Penal, na Lei de Segurança Nacional e na Lei das Organizações Criminosas”, afirmou o ministro André Mendonça pelo Twitter.

O caso também está sendo apurado pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

Os dados vazados, em sua maioria, são públicos e estão disponíveis em informações prestadas pelos atingidos à Justiça Eleitoral e a órgãos de controle da União.
Procurado pela reportagem, o grupo afirmou que divulgou o número do CPF, telefones e Whatsapp, e-mails, endereços, renda e bens. No site da Justiça Eleitoral há uma lista dos bens e salários de todos os políticos, mas dados pessoais não eram públicos.

“Os dados foram soltos no dia 1 de janeiro, às 21h30, pelo @AnonymouBrasil. Depois disso houve uma discussão com o Douglas [Garcia] e fomos suspensos”, afirmou o grupo.

Após o grupo ser suspenso pela rede social, eles já criaram um novo endereço. “Estávamos há 8 anos com o twitter @AnonymouBrasil, depois dos vazamentos do Bolsonaro, filhos e afiliados, a conta foi suspensa. Seguimos com essa secundária. #Anonymous #Antifascista”.

Um outro perfil também criado pelo Anonymous chegou a publicar fotos de um dos documentos. Um deles mostra o registro de uma empresa digital, com capital social de R$ 1.000, em nome de Bolsonaro e dos filhos. O endereço não foi exposto, mas o grupo incluiu uma foto da casa onde a empresa estaria registrada.

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