CPI Covid

Bolsonaro ignora denúncia de propina, fala em ‘amigos do Congresso’ e diz que não será atingido por mentiras

O representante de uma vendedora de vacinas afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.

Bolsonaro ignora denúncia de propina, fala em 'amigos do Congresso' e diz que não será atingido por mentiras

Na rápida fala, Bolsonaro agradeceu a parceria aos que chamou de "amigos do Poder Legislativo", em um aceno ao Congresso no dia em que um superpedido de impeachment contra ele é entregue à Câmara. — Foto:Reprodução

CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) — Em visita a Ponta Porã (MS) nesta quarta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro ignorou a denúncia de oferta de propina na compra da Covaxin, revelado um dia antes pelo jornal Folha de S.Paulo, e afirmou que mentiras não vão tirá-lo do Palácio do Planalto. Ele também se referiu a membros da CPI da Covid do Senado de “bandidos”.

“Não conseguem nos atingir. Não vai ser com mentiras ou com CPI, integrada por sete bandidos, que vão nos tirar daqui. Temos uma missão pela frente: conduzir o destino da nossa nação e zelar pelo bem-estar e pelo progresso do nosso povo”, disse em discurso de improviso.

Na rápida fala, Bolsonaro agradeceu a parceria aos que chamou de “amigos do Poder Legislativo”, em um aceno ao Congresso no dia em que um superpedido de impeachment contra ele é entregue à Câmara.

O representante de uma vendedora de vacinas afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.

Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, disse que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro.

Roberto Dias foi exonerado do cargo. A demissão foi publicada no “Diário Oficial da União” desta quarta.

Em Ponta Porã, Bolsonaro participou da inauguração da Estação Radar de Ponta Porã, com capacidade de detectar aeronaves com precisão a longas distâncias pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Este é o terceiro equipamento implantado na região de fronteira do estado. Bolsonaro acionou o radar e participou de uma interceptação simulada com um caça da FAB.

Logo que Bolsonaro chegou à inauguração, a segurança dele liberou o espaço para que apoiadores entrassem no local. Houve registros de aglomerações e muitos não usavam máscaras. Além da inauguração, o presidente deve participar de um almoço no Sindicato Rural de Ponta Porã.

Bolsonaro desembarcou na cidade por volta de 12h30. Ele cumprimentou e tirou fotos com apoiadores que o aguardavam na saída do aeroporto da cidade. O presidente e sua equipe não usavam máscara de proteção contra a Covid-19.

A comitiva do presidente incluía a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni (DEM), e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, general Augusto Heleno. O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), e outras autoridadeS estaduais também acompanharam o evento.

Azambuja foi vaiado por apoiadores do presidente. Em discurso, ele agradeceu a Bolsonaro por direcionar doses de vacina para 13 municípios da região da fronteira do estado.

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