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Boné do MST vira nova camisa de Che Guevara e é acusado de gourmetização

Uma usuária do Twitter criticou uma suposta "gourmetização" do boné, dizendo que ele acabou se dissociando do seu significado original ao virar um "acessório para ir para a balada".

Boné do MST vira nova camisa de Che Guevara e é acusado de gourmetização

Lula — Foto:Divulgação MST

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — O MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, foi alvo de mais uma controvérsia na semana passada. Desta vez, no entanto, não era a luta pela reforma agrária que estava em pauta, mas o boné com a logo do movimento, que incentivou diversos debates nas rede sociais.

Isso porque uma usuária do Twitter criticou uma suposta “gourmetização” do boné, dizendo que ele acabou se dissociando do seu significado original ao virar um “acessório para ir para a balada”. “Não, fia, vocês que não são do MST usando esses bonés do MST, eu não me aguento não”, dizia a publicação, deletada na conta original mas resgatada por veículos como Uol, O Globo e Fórum.

É o que alguns críticos culturais dizem ter acontecido, por exemplo, com o revolucionário Che Guevara, que teria tido seu rosto reduzido a uma estampa de camisetas, canecas e outros itens típicos de lojinhas de souvenir.

A resposta à polêmica veio do próprio MST. No seu perfil oficial no Instagram, ele publicou um compilado de fotografias em que artistas como Chico Buarque, Lázaro Ramos e Alinne Moraes usam o boné vermelho emblemático.

“Você sabia que ao usar o boné do MST e outros símbolos e produtos de luta do Povo Sem Terra, também está apoiando a luta pela Reforma Agrária?”, pergunta o perfil, elencando então outros produtos do movimento vendidos na Rede de Armazéns no Campo, como camisetas, bolsas, canetas, além dos alimentos cultivados nas terras ocupada pelo movimento.

Segundo o coordenador dessa rede de lojas, Ademar Ludwig, o episódio fez explodir a venda dos bonés. Em entrevista ao jornal O Globo, ele afirmou que, a expectativa é que até o fim de março eles tenham vendido cerca de 3.000 unidades do item, quando a média mensal é de 600 a 700. Além disso, na esteira dele, foi criado um site exclusivo para a venda do item, bonedomst.com. “Boné do MST”, diz o endereço, “o boné da esquerda brasileira”.

Além do boné vermelho que originou a briga, a loja virtual traz ainda modelos nas cores preta e com aba listrada nas cores do arco-íris, com preços que vão dos R$ 25 aos R$ 59,98. Chapéus nas cores vermelho e cáqui também estão disponíveis.

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