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Caixa não tem como filtrar classe de quem pede auxílio, diz Guimarães

Presidente do banco comentou pagamento de benefício a classes altas

Caixa não tem como filtrar classe de quem pede auxílio, diz Guimarães

Segundo Guimarães, os casos de fraudes bancárias relacionados ao auxílio emergencial são muito baixos. “O nível de fraudes na Caixa envolvendo o auxílio emergencial é próximo de zero”, disse. — Foto:Reprodução

A identificação do perfil social de quem pede o auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras) não cabe à Caixa Econômica Federal, disse hoje (3) o presidente da instituição, Pedro Guimarães. Ele ressaltou que o banco apenas executa o programa e negou fraudes na concessão dos benefícios.

“Isso não é papel da Caixa”, declarou Pedro Guimarães em entrevista coletiva para divulgar o balanço diário do auxílio emergencial. Ele comentou estudo do Instituto Locomotiva publicada pelo jornal Valor Econômico segundo o qual 3,89 milhões de famílias das classes A e B têm algum membro recebendo o benefício criado para atender pessoas em situação de vulnerabilidade durante a pandemia de coronavírus.

De acordo com o estudo, um terço das famílias das classes A e B pediu o auxílio emergencial nos últimos dois meses. Segundo o levantamento, 69% dos pedidos procedentes da população de maior renda foram aprovados.

Pela legislação que criou o auxílio emergencial, a análise dos requerimentos cabe à Dataprev, estatal federal de tecnologia. A empresa vasculha 17 bases de dados e verifica se o autor do pedido se enquadra nos critérios para receber o auxílio.

Em tese, a legislação não proíbe pessoas das maiores faixas de renda de receber o benefício. Cidadãos das classes A e B podem ter acesso ao auxílio emergencial caso todos na família estejam trabalhando na informalidade e não tenham declarado Imposto de Renda no ano passado.

Segundo Guimarães, os casos de fraudes bancárias relacionados ao auxílio emergencial são muito baixos. “O nível de fraudes na Caixa envolvendo o auxílio emergencial é próximo de zero”, disse.

Conforme o balanço apresentado hoje, dos 107 milhões de brasileiros cadastraram-se para receberem o auxílio emergencial. Desse total, 59 milhões enquadraram-se nas regras e tiveram o benefício aprovado e 42,2 milhões foram considerados inelegíveis.

O total de pedidos em análise está em 11,1 milhões de pessoas. Desse total, 5,8 milhões de cadastros estão em primeira análise e 5,3 milhões em segunda ou terceira análise, quando o cadastro foi considerado inconsistente e a Caixa permitiu a contestação da resposta ou a correção de informações.

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