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Chuva esvazia Brasília e ameaça cerimônia de posse de Lula

A chuva que cai em Brasília desde as 13h desta segunda-feira esvaziou Brasília. As ruas da cidade estão vazias e poucas pessoas se concentram na praça dos Três

A chuva que cai em Brasília desde as 13h desta segunda-feira esvaziou Brasília. As ruas da cidade estão vazias e poucas pessoas se concentram na praça dos Três Poderes, onde haverá uma festa popular para comemorar a segunda posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A cerimônia também está ameaçada. É que o presidente, a primeira-dama dona Marisa, o vice, José Alencar, e a sua mulher, Mariza, deveriam fazer um desfile em carro aberto saindo da Catedral de Brasília, passando pela Esplanada dos Ministérios, até o Congresso. Se a chuva continuar, o trajeto pode ser feito em carro fechado.

Os automóveis serão escoltados por batedores do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, e pelos Dragões da Independência.

Ao chegarem ao Congresso, Lula e Alencar subirão a rampa e serão recebidos pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), na entrada principal. Em seguida, seguirão para o plenário da Câmara, onde se dará a posse.

Cerca de 1.200 convidados entre ministros de Estado e de Tribunais Superiores, parlamentares e integrantes do corpo diplomático, que estarão representando seus países assistirão a solenidade no Congresso, que deve durar 1 hora e meia.

No plenário da Câmara, Lula e Alencar ouvirão o hino nacional, executado pela Banda de Fuzileiros Navais, e em seguida prestarão o compromisso constitucional. Caberá ao primeiro-secretário fazer a leitura do termo de posse, que será assinado pelo presidente Lula, pelo vice-presidente José Alencar e pelos parlamentares que integram a Mesa.

Em seguida, Renan irá declarar os dois empossados e o presidente Lula fará seu primeiro pronunciamento, seguido de um breve discurso do presidente do Senado, que dará por encerrada a sessão.

Neste discurso, Lula deve afirmar que a violência urbana é um problema grave e que combatê-la será um desafio prioritário de seu novo mandato.

Lula afirmará ainda que cumpriu compromissos de quatro anos atrás, reduzindo a fome e a desigualdade social e pedirá "urgência" nas reformas política e tributária, que precisam ser votadas pelo Congresso.

Ele voltará também a reafirmar que a educação será a sua prioridade, listando ações do primeiro mandato (Prouni) e outras que terão efeito no segundo governo (Fundeb).

Após deixarem o Plenário da Câmara, o presidente Lula e o vice-presidente José Alencar se dirigem à rampa principal do Congresso, onde ouvirão mais uma vez o hino nacional, com a salva de 21 tiros de canhão. Antes de seguir para o Palácio do Planalto, Lula passará em revista a tropa mista do Exército, Marinha e Aeronáutica.

Por volta das 17h30, terá início a segunda cerimônia. No Palácio, Lula não participará da tradicional cerimônia de transmissão da faixa presidencial. Lula colocará a faixa nele mesmo, sem nenhuma cerimônia pública. Quando Fernando Henrique Cardoso foi reeleito, em 1998, foi o chefe do cerimonial quem colocou a faixa no presidente, no dia da posse.

Chuva e Parlatório

O presidente subirá a rampa, já portando a faixa presidencial, e se dirigirá ao Parlatório, onde fará um pronunciamento à nação, na presença dos convidados que estarão do lado externo do Palácio. No interior do prédio ficarão 500 convidados, entre familiares e autoridades, como ministros, governadores, prefeitos e chefes dos outros Poderes.

Por conta da chuva, não se sabe ainda se Lula manterá o discurso no Parlatório. Apesar de haver uma tenda no local, os convidados ficariam numa área descoberta.

Neste segundo discurso, Lula deve repetir que a tônica do segundo mandato será "acelerar, crescer, incluir" três palavras dos centenas de cartazes espalhados por Brasília.

Após o discurso do presidente, terá início na Praça dos Três Poderes um ato cultural com a apresentação de uma série de atrações musicais Leci Brandão, os grupos Olodum e Surdodum, Geraldo Azevedo, Zé Mulato e Cassiano, Célia Porto e Renato Matos. Os artistas não cobraram cachê para participar do evento.

Segundo o Palácio, Lula pediu aos ministros que convidassem algumas pessoas que pudessem simbolizar as principais realizações do governo, abrangendo as mais diversas áreas, como os programas Bolsa Família, Biodiesel, Luz para Todos, e outras ações envolvendo setores prioritários como saúde, esporte e educação, entre outros.

Custos

O Palácio do Planalto informou que o governo irá destinar cerca de R$ 1,163 milhão para a solenidade de posse. O maior custo será com o aluguel de cinco telões que serão espalhados pela Esplanada dos Ministérios, orçados em R$ 270 mil.

Apesar do valor da festa, o Planalto insiste que será um evento modesto, sem a participação de chefes de Estado de outros países e sem a posse de novos ministros.

Do valor que será destinado à posse, o governo irá gastar R$ 95 mil com a produção da festa, R$ 17 mil com camarins e tendas, R$ 19 mil com apoio à imprensa, R$ 77 mil com sonorização e iluminação, R$ 270 mil com telões, R$ 11 mil com banheiros químicos, R$ 160 mil com grades, R$ 48 mil com serviços de palco, buffet e transporte dos artistas, R$ 15 mil com hospedagem e alimentação, R$ 260 mil com impostos sobre serviços, R$ 50 mil de passagens e R$ 80 mil de extras.

O Planalto confirmou que o presidente Lula optou por não convidar chefes de Estado de outros países para a sua posse. A expectativa é que nenhum presidente compareça, mesmo os mais próximos de Lula, como o venezuelano Hugo Chávez.

Os países serão representados pelo corpo diplomático. A presença dos governadores também não é esperada em massa pelo governo. Vários já sinalizaram que terão dificuldades de se deslocarem para Brasília no dia 1º de janeiro, quando também tomarão posse.

Os governadores eleitos de São Paulo, José Serra (PSDB), e do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), já avisaram que não irão a posse de Lula. 

Fonte: Folha Online

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