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CPI da Covid ouve ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel

O ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel presta depoimento nesta quarta-feira (16) na CPI da Covid, mas, por conta de um habeas corpus concedido pelo STF, ele terá o direito de ficar calado e de receber auxílio de um advogado. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) são autores dos requerimentos de convocação de Witzel.

Randolfe informou à Agência Senado na noite de terça-feira (15) que o Witzel confirmou que vai depor à comissão. Segundo o senador, “mesmo tendo a liminar em HC [habeas corpus] deferida”, Witzel informou que irá depor.

O vice-presidente da compissão aponta como motivo para a convocação uma série de denúncias de que o ex-governador se beneficiou de um esquema de corrupção no início da pandemia.

O requerimento do senador cita dados do Ministério Público Federal para apontar que Witzel recebia um percentual das propinas que eram pagas dentro da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro. Em setembro do ano passado, Witzel sofreu impeachment, com a Assembleia Legislativa do Estado registrando 69 votos a favor do afastamento e nenhum contrário.

Witzel havia entrado com um pedido de habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ter o direito de decidir sobre seu comparecimento à CPI da Pandemia. A defesa do ex-governador argumentou que ele já é investigado e que a obrigação de ir à CPI seria um desrespeito a seu direito de não incriminação.

O ministro Kássio Nunes Marques decidiu na véspera do depoimento que deixou Witzel livre para comparecer ou para responder as perguntas feitas pelos senadores. 

Os senadores da CPI também votam nesta quarta requerimentos de convocação de novos depoimentos e a reclassificação dos documentos recebidos pela comissão.