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CPI da Covid vê irregularidades em hospitais federais no Rio de Janeiro

Senadores suspeitam de atuação de milicianos em unidades da rede no estado e encaminharão evidências ao MPF e ao TCU.

CPI da Covid vê irregularidades em hospitais federais no Rio de Janeiro

Hospital Cardoso Fontes, na Zona Oeste do Rio. — Foto:Brenno Carvalho / Agência O Globo

BRASÍLIA — A CPI da Covid no Senado recebeu informações sobre uma suposta atuação de milícias nos hospitais federais do Rio. Como mostrou a coluna de Lauro Jardim ontem no GLOBO, um dos casos que despertaram a atenção do colegiado é a utilização de um terreno em frente ao Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade, para estacionamento. A suspeita é de que o local esteja sendo explorado por integrantes de grupos paramilitares.

Problemas de gestão das unidades de saúde no estado deverão constar num documento que vai compor o relatório final da CPI, que está sendo finalizado por Renan Calheiros (MDB-AL).

— Não temos muitos mecanismos para aprofundar essa investigação nos hospitais do Rio. Mas a gente tem certeza que há graves irregularidades, uma suspeita muito forte de que existe envolvimento dessas milícias com empresas que detêm certos contratos. Por enquanto, são indícios, precisaria fazer uma investigação mais aprofundada. Vamos juntar tudo o que conseguimos levantar e mandar para o Ministério Público — afirmou ao GLOBO o senador Humberto Costa (PT-PE), membro da CPI que esteve à frente do tema.

Conforme noticiou o RJTV, da TV Globo, o texto da CPI, a que O GLOBO também teve acesso, deverá citar as suspeitas de corrupção, fraude a licitações e peculato nos hospitais.

O documento em questão deverá recomendar ainda que evidências juntadas pela CPI sejam encaminhadas ao Tribunal de Contas da União (TCU), o que inclui relatórios de movimentações financeiras atípicas por parte de empresas que prestam serviço à rede hospitalar e de funcionários ligados ao Ministério da Saúde sob suspeita. O texto também deverá propor que órgãos de investigação apurem a ação de agentes públicos e privados ligados à gestão desses hospitais, que, no contexto da pandemia, “expuseram a população a risco, atentaram contra a saúde pública”.

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