Brasil

Empresária acusada de matar namorado em 2021 morre de câncer em São Paulo, diz advogado

Anne Cipriano Frigo faleceu neste domingo (5), segundo Celso Vilardi. No ano passado ela foi operada para retirar tumor cerebral no Hospital Albert Einstein.

Empresária acusada de matar namorado em 2021 morre de câncer em São Paulo, diz advogado

A empresária Anne Cipriano Frigo e o namorado, o segurança Vitor Lúcio Jacinto. Ao lado, o corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Sousa. A empresária e o corretor foram presos por suspeita de envolvimento no assassinato do segurança em São Paulo. — Foto:Reprodução

A empresária e socialite Anne Cipriano Frigo, de 46 anos, acusada de mandar matar o namorado em 2021, morreu neste domingo (5), com câncer no cérebro. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (6) pelo UOL. O g1 confirmou a morte com o advogado Celso Sanchez Vilardi.

Anne faleceu em casa com a família, segundo Vilardi. Em novembro ela havia sido operada para a retirada de um tumor cerebral no Hospital Albert Einstein, segundo sua defesa. E desde então, a pedido de seus advogados, a Justiça havia concedido a ela a prisão domiciliar para tratar da doença. Antes ela estava detida em um presídio.

A empresária respondia ao processo no qual era ré, acusada de assassinato pela morte do segurança Vitor Lúcio Jacinto, de 40 anos, namorado de Anne. Com a morte, o processo contra Anne fica extinto. A mulher sempre negou o crime.

O processo, porém, continuará contra outros dois homens, réus no processo que apura homicídio doloso qualificado, roubo, ocultação de cadáver e fraude processual: o corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza, de 28 anos; e o motoboy Leandro Lopes Brasil. O primeiro está preso preventivamente e o segundo responde em liberdade.

A juíza Ana Carolina Munhoz de Almeida, da 3ª Vara do Júri, realizaria em fevereiro deste ano a audiência de instrução do caso, onde ouviria os acusados pelo crime. O g1 não conseguiu confirmar se essa etapa do processo foi realizada. Ela serve para ouvir as testemunhas e interrogar quem é acusado pelo assassinato.

Após isso, a juíza decide se há indícios suficientes de crime para marcar uma data para o julgamento. Sete jurados decidiriam então se absolvem ou condenam quem for julgado. Em caso de condenação a pena poderia ultrapassar 30 anos de prisão.

Segundo o Ministério Público (MP), Anne pagou R$ 200 mil a Carlos, que era amigo do casal, para que ele matasse Vitor. O corpo do segurança foi encontrado pela polícia em 18 de junho, parcialmente queimado, próximo à represa Guarapiranga, na Zona Sul.

Prisão domiciliar

Empresária Anne Cipriano Frigo chega dentro de carro da Polícia Civil para depor em delegacia e São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo

Ela estava presa preventivamente desde 18 de agosto. Chegou a ficar detida até 2 de outubro na Penitenciária Feminina de Sant’Anna, na Zona Norte de São Paulo. Depois foi internada no Hospital Albert Einstein.

Segundo a defesa da empresária, ela ficou algemada num quarto do hospital sob escolta de agentes da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). A necessidade de tratamento médico contra a doença e as condições da prisão de Anne fizeram seu advogado entrar com pedido à Justiça para que ela ficasse presa em casa.

Mais 2 réus

A empresária Anne Cipriano Frigo, ao lado do namorado Vitor Lúcio Jacinto (centro) e o corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza (direita). — Foto: Montagem/G1

Carlos confessou à Polícia Civil ter atirado nas costas de Vitor durante visita a um imóvel que o casal estava planejando comprar. Ele ainda acusou Anne de tê-lo contratado para cometer o crime. Segundo o corretor, a empresária alegou que queria que o namorado fosse morto porque ele a traía com outras mulheres.

Anne negou à polícia que tenha contratado Carlos e, disse que ele teria confessado que cometeu o crime por sentir atração por ela.

Além de Carlos, o motoboy Leandro é acusado pelo MP de ter ajudado o corretor a esconder o corpo de Vitor, mas responde solto por ocultação de cadáver.

O g1 não conseguiu localizar as defesas de Carlos e Leandro para comentarem o assunto até a última atualização desta reportagem.

Provas do crime

De acordo com a acusação feita pelo Ministério Público, além da confissão do corretor, vídeos de câmeras de segurança, depoimentos de testemunhas que relatam que a empresária e o segurança discutiam e trocas de mensagens de celular entre os investigados e parentes da vítima comprova a participação de ambos no crime.

Os celulares dos acusados foram apreendidos. Segundo o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), Carlos usou o celular da vítima para trocar mensagens com a empresária. O corretor também teria se passado por Vitor após seu assassinato, respondendo recados dos parentes dele.

No carro de Carlos foi encontrada a cápsula de uma arma que pode ter sido usada para matar Vitor.

COMPARTILHE

Bombando em Brasil

1

Brasil

Ministros do STF veem “informações desencontradas” no caso X e avaliam reação

2

Brasil

Noiva cai na piscina e morre após infartar durante festa do próprio casamento

3

Brasil

Motorista de aplicativo e mototaxista dizem que idoso estava vivo quando entrou no carro

4

Brasil

Anvisa adia para amanhã debate sobre proibição do cigarro eletrônico

5

Brasil

Mulher que levou idoso morto ao banco pode responder por vilipêndio a cadáver