Após mais de 10 horas de julgamento, Amair Feijoli da Cunha foi condenado na noite desta quarta-feira em Belém a 18 anos de prisão por envolvimento no assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang. A pena máxima era de 27 anos de reclusão, mas o réu teve delação premiada e a pena foi reduzida para 18 anos.
Amair Feijoli, acusado de ser intermediário entre financiadores e assassinos de Stang, foi condenado por homicídio qualificado. Dorothy Stang foi assassinada em fevereiro do ano passado por uma quadrilha de grileiros em Anapu, no Pará.
A norte-americana iniciou as atividades junto aos trabalhadores rurais da região do Xingu na década de 1970. Por meio de seu contato com a população, a religiosa buscava desenvolver projetos de reflorestamento que possibilitassem a geração de emprego, o que também poderia, segundo acreditava, diminuir os conflitos fundiários naquela região.
Seu trabalho, entretanto, desagradava os grupos interessados na grilagem de terras e na exploração dos recursos da área. Dorothy, 73 anos, foi ameaçada de morte inúmeras vezes, mas não se intimidou e manteve sua presença em Anapu. Ela foi assassinada quando se dirigia a uma reunião de agricultores.
O crime aconteceu em uma estrada a 53 km de Anapu. Abordada por dois homens, a missionária foi atingida por disparos efetuados por um deles. Os tiros que a mataram foram efetuados por Rayfran das Neves Sales, de 29 anos, conhecido como Fogoió. O homem que o acompanhou na execução, conforme os levantamentos da polícia, foi Clodoaldo Carlos Batista, o Eduardo, de 31 anos. Ambos foram julgados em dezembro do ano passado e condenados respectivamente a 27 e 17 anos de prisão.
Reuters
Envolvido em morte de freira é condenado a 18 anos
Após mais de 10 horas de julgamento, Amair Feijoli da Cunha foi condenado na noite desta quarta-feira em Belém a 18 anos de prisão
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