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‘Eu te mato aqui agora’, diz ex-deputado Laerte Bessa durante agressão a porteiro no DF

No vídeo o ex-parlamentar ameaçou o funcionário e também agrediu o síndico do prédio.

'Eu te mato aqui agora', diz ex-deputado Laerte Bessa durante agressão a porteiro no DF

O ex-parlamentar ficou irritado porque o funcionário impediu a entrada de um entregador de pizza no prédio por volta das 23h40. — Foto:Reprodução

Novas imagens mostram outro ângulo da agressão cometida pelo ex-deputado federal Laerte Bessa (PL-DF) contra o porteiro do prédio onde ele mora, em Águas Claras, no Distrito Federal. No vídeo o ex-parlamentar ameaçou o funcionário e também agrediu o síndico do prédio.

À TV Globo, Bessa disse que se arrepende da forma como agiu, mas que o jeito como foi tratado pelo porteiro e o síndico o levou a essa “explosão” (leia mais abaixo).

O ex-parlamentar ficou irritado porque o funcionário impediu a entrada de um entregador de pizza no prédio por volta das 23h40. O condomínio possui uma regra que proíbe que motoboys acessem os apartamentos depois das 23h.

Veja transcrição de parte da discussão:

Laerte Bessa: Quem que não vai subir, agora?

Porteiro: O síndico não autorizou.

Laerte Bessa: Ele é um bosta e você também é.

Porteiro: Então, mas eu não posso fazer.

Laerte Bessa: Cadê o cara? É você que tá com a comida aí?

Porteiro: É ele aí

Laerte Bessa: Ô seu… tô falando pra você deixar ele subir. Você quer morrer? Quer morrer? Eu te mato aqui agora. Cadê o síndico? Chama ele, chama ele lá. E vai chegar outro aqui. Se você falar isso de novo, eu vou te dar um tiro na cara.

Após alguns instantes, o porteiro tenta se afastar do ex-deputado, mas Bessa vai atrás e o ameaça novamente.

“Onde você vai? Busca lá sua arma, se você for homem. Busca sua arma lá. Vai lá buscar que nós vamos trocar tiro agora”, diz.

Agressão a síndico

Depois da confusão, o porteiro chamou o síndico, que desceu até o térreo. Outra parte do vídeo mostra que o ex-deputado também agrediu o síndico.

Laerte Bessa: Você que é o síndico? Você me respeita! Você me respeita! Cachorro, você me respeita! Eu sou o primeiro morador. Aqui para você.

Síndico: Não pode subir, é uma regra.

Laerte Bessa: Não pode? Eu quero ver você impedir. E vai subir mais. Subiu agora e vai subir mais. Regra aqui pra você! Regra aqui!

Câmeras de segurança

Imagens de câmeras de segurança do condomínio também registraram as agressões. Nelas é possível ver que o ex-deputado se aproximou do porteiro chutando a cadeira onde ele estava sentado.

O funcionário do prédio se afastou, sem revidar. Mas em seguida, Bessa continuou a agressão.

Após o chute, o ex-deputado partiu para cima do porteiro. Ele empurrou o funcionário e deu um tapa no braço dele. Depois das agressões, ele ainda ordenou ao entregador que subisse ao apartamento.

O que diz Laerte Bessa

Em entrevista à TV Globo, Laerte Bessa afirmou que foi tratado de forma desrespeitosa pelo síndico e pelo porteiro. Ele também negou que estivesse armado no momento.

“A forma como eu fui abordado pelo porteiro e pelo síndico me levou a essa reação. Me levou à explosão. Eles me ligaram dizendo que o meu pedido não poderia entrar porque o condomínio não aceitava comida depois das 23h. Eu moro só, não faço comida em casa e todo dia peço comida fora.”

O ex-parlamentar disse ainda que se arrepende da ação. “Claro, me sinto arrependido de ter me dirigido ao porteiro daquela forma. Mas foi uma situação que não tive como conter no momento. Foi muito rápido”.

“Eu fui lá um pouco exaltado. Me extrapolei. Claro que estou arrependido de ter feito aquilo, mas isso acontece com qualquer ser humano.”

Outra acusação

Em maio de 2018, ainda no exercício do cargo de deputado federal, Bessa foi acusado de agredir, xingar e ameaçar o então subsecretário de articulação federal do Governo do Distrito Federal, Edvaldo Dias da Silva. O caso teria acontecido durante uma audiência pública.

A denúncia partiu do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que chegou a ingressar com uma representação contra Bessa no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Ao final da análise, o colegiado arquivou o processo – dos 13 votantes, 11 deliberaram contra a acusação e dois se abstiveram.

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