Operação Caríbdis

Ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela é alvo de operação da Polícia Federal

A ação acontece em quatro estados: Maceió (AL), Salvador (BA), Limeira (SP) e Brasília (DF). A PF investiga irregularidades nas obras do Canal do Sertão, entre os anos de 2009 e 2015

Ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela é alvo de operação da Polícia Federal

Ex-governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho — Foto:Reprodução/Agência O Globo

A Polícia Federal (PF) cumpre na manhã desta quinta-feira 11 mandados de busca e apreensão, sendo o ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela (PSDB) e o ex-secretário de Infraestrutura Marco Fireman alvos da operação. Os agentes passaram mais de duas horas na casa de Teotônio e deixaram o local com um malote. Ele foi senador, governador eleito e reeleito, além de presidente tucano de 1996 a 2001. As informações são do “Bom Dia, Brasil”, da TV Globo.

A ação acontece em quatro estados: Maceió (AL), Salvador (BA), Limeira (SP) e Brasília (DF). A PF investiga irregularidades nas obras do Canal do Sertão, entre os anos de 2009 e 2015.

A operação, batizada de “Caríbdis”, faz referência a uma criatura da mitologia grega que deixa as águas turbulentas.

EX-EXECUTIVOS DA ODEBRECHT RELATAM PROPINA

Em abril, o GLOBO mostrou que o dinheiro de obras contra a seca foi usado para pagar propina ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o atual governador de Alagoas Renan Filho e o ex-governador daquele estado Teotônio Vilela.

Os três são acusados de receber R$ 1.329.2112,00 da Odebrecht. Para Teotônio, os delatores da empreiteira disseram ter pago R$ 2.814.000,00, só no período em que ele era governador e um dos responsáveis diretos pelo Canal.

As fraudes nas obras destinadas a mitigar os efeitos da seca em Alagoas foram denunciadas pelos ex-executivos João Antônio Pacífico, ex-diretor da Odebrecht no Nordeste, Airel Parente e Alexandre Biselli, entre outros ex-dirigentes da empreiteira.

Segundo eles, num primeiro momento, houve um acerto com ex-auxiliares de Teotônio Vilela para direcionar os lotes 3 e 4 do Canal para a Odebrecht e a OAS.

Pelo acordo, as empreiteiras teriam que pagar uma propina equivalente a 2,25% do valor da obra. O pagamento da propina ocorreria de acordo com o cronograma de desembolso do governo para o custeio das obras.

O Canal do Sertão tem por objetivo levar água para mais de um milhão de pessoas numa das regiões mais secas e pobres da América Latina. A escassez de água é uma das principais causas do subdesenvolvimento econômico da região.

Pelo projeto original, o canal teria 250 quilômetros de extensão ao custo de R$ 1,5 bilhão. O governo gastou R$ 2 bilhões e, até agora, só 107 quilômetros foram concluídos.

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