Desastre

Fortes chuvas matam ao menos 44 pessoas em Petrópolis, no Rio de Janeiro

A previsão é de mais chuva nos próximos dias. Em sua conta no Twitter, a Defesa Civil Nacional informou que há ao menos 301 pessoas desabrigadas.

Fortes chuvas matam ao menos 44 pessoas em Petrópolis, no Rio de Janeiro

Carros inundados durante temporal em Petrópolis (RJ). — Foto:Reprodução/redes sociais

RIO DE JANEIRO, RJ, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) — Um forte temporal atingiu Petrópolis, cidade da região serrana do Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira (15), causando inundações, enxurradas e deslizamentos. Ao menos 44 pessoas morreram, segundo o Corpo de Bombeiros.

A Defesa Civil atua para consolidar o número de vítimas e regiões atendidas, pois há grande dificuldade de acesso em parte da cidade. A previsão é de mais chuva nos próximos dias. Em sua conta no Twitter, a Defesa Civil Nacional informou que há ao menos 301 pessoas desabrigadas.

Os bombeiros foram chamados para dezenas de atendimentos no município, e ao menos 180 militares estão no local. Foram seis horas de chuva. Há áreas em que o socorro ainda não conseguiu chegar, devido à situação caótica da cidade. A Defesa Civil Estadual também está trabalhando em apoio às vítimas.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram carros sendo arrastados pela correnteza e grandes deslizamentos. 

Na região do Morro da Oficina, onde ocorreram desmoronamentos, crianças foram retiradas sujas de lama de uma escola, parcialmente destruída.

A prefeitura decretou estado de calamidade pública. Até o meio da madrugada, haviam sido registradas 229 ocorrências, sendo 189 deslizamentos. Também ocorreram alagamentos e quedas de árvores. Os bairros mais atingidos são Centro, Quitandinha, Caxambu, Alto da Serra, Coronel Veiga, Duarte da Silveira, Floresta, Caxambu e Chácara Flora.

Até o momento, no Morro da Oficina, no Alto da Serra, a informação é que 80 casas foram afetadas. Em outras regiões, como 24 de Maio, Caxambu, Sargento Boening, Moinho Preto, Vila Felipe, Vila Militar e as ruas Uruguai, Whashington Luiz e Coronel Veiga também há registros.

Moradores relatam que, após o temporal, encontraram um cenário de guerra nas ruas de Petrópolis, com muita lama, casas destruídas ou alagadas, ferro retorcido e carros amontoados e destruídos. Corpos foram retirados das ruas durante a madrugada desta quarta-feira (16), na região central, depois que o nível da água baixou.

Ainda não há certeza sobre o número de desaparecidos. Moradores procuram familiares nas ruas, hospitais e divulgam fotos nas redes sociais.

Durante a tarde houve um registro de acumulado pluviométrico de 258 milímetros, um valor acima da média esperada para todo o mês, que seria de 238,2 mm. Há previsão de chuva nos próximos três dias, com possibilidade de ser forte na quinta (17) e na sexta (18).

Segundo a Defesa Civil, há 184 pessoas acolhidas em pontos de apoio que funcionam em escolas da cidade. Os postos de saúde e hospitais estão lotados de pessoas feridas. O Hospital da Unimed suspendeu as cirurgias eletivas e o atendimento ao público, nesta quarta, para atender os pacientes transportados pelo Samu e Corpo de Bombeiros.

As aulas da rede municipal de ensino estão suspensas nesta quarta-feira. Serviços administrativos da prefeitura também não vão funcionar.

O governo informou que oito ambulâncias estão sendo enviadas para a cidade para atuar no socorro às vítimas. Dez aeronaves foram disponibilizadas para chegar à cidade na manhã desta quarta.

Já no município, o governador Cláudio Castro (PL) participou de uma reunião com secretários estaduais e com o comandante-geral dos Bombeiros. “Os maquinários das secretarias de Infraestrutura e Obras, das Cidades, do Ambiente e de Agricultura, além de equipamentos usados pela Cedae, estarão rumo ao município para ajudar na limpeza das ruas e vias atingidas pelas chuvas”, afirmou o governo fluminense em nota.

“Estou pessoalmente aqui e só sairei daqui depois que estivermos com o trabalho 100% organizado e pronto para atender melhor ainda a população”, disse Castro, em suas redes sociais.

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O 26º BPM (Petrópolis) atua em apoio na operação na cidade em auxílio a órgãos municipais. A polícia desmentiu a informação de que ocorreram arrastões e tiroteios após o temporal.

O prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), afirmou que pôs toda a estrutura do município à disposição do prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo, para auxiliar nas operações.

Nas redes sociais, Bomtempo disse que tinha acabado de chegar a Brasília quando ficou sabendo das chuvas e que por volta das 22h já estaria de volta a Petrópolis.

“Estamos passando por uma situação de extrema gravidade e direcionamos todos os esforços para garantir o socorro da população”, disse o prefeito.

Ele afirmou que ligou para empresas e empreiteiros pedindo máquinas, caminhões e pessoal para auxiliar na recuperação da cidade.

“Quero dizer para o nosso povo aguentar firme, que se Deus quiser essa chuva vai passar, a gente vai conseguir dar uma resposta”, disse.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), em visita à Rússia, afirmou em suas redes sociais que contatou os ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Paulo Guedes (Economia) para auxiliar imediatamente as vítimas das fortes chuvas.

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