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Governo Bolsonaro pede respeito às mulheres no Afeganistão e ação da ONU

"É essencial assegurar a atuação plena da Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama)", disse a pasta, no comunicado.

Governo Bolsonaro pede respeito às mulheres no Afeganistão e ação da ONU

O pronunciamento foi feito um dia após o grupo fundamentalista islâmico Taleban tomar o controle do Afeganistão. — Foto:Reprodução

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) — O governo Jair Bolsonaro divulgou na noite desta segunda-feira (16) uma nota na qual expressou “apreensão com o aumento da instabilidade na Ásia Central” em razão da conquista de poder pelo Taleban no Afeganistão, consolidado no domingo com a conquista da capital, Cabul.

O Itamaraty citou a necessidade de respeito aos direitos das mulheres no país.

“O governo brasileiro expressa sua profunda preocupação com a deterioração da situação no Afeganistão e as graves violações dos direitos humanos”, escreveu o MRE (Ministério das Relações Exteriores), na nota.

De acordo com o Itamaraty, “o Brasil espera o rápido engajamento das Nações Unidas para o estabelecimento de canais de diálogo e espera que o Conselho de Segurança possa atuar para assegurar a paz na região”.

“É essencial assegurar a atuação plena da Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (Unama)”, disse a pasta, no comunicado.

O governo ainda disse conclamar os atores envolvidos na crise “a proteger civis, respeitar o direito internacional humanitário, garantir o acesso desimpedido da ajuda humanitária e respeitar os direitos fundamentais do povo afegão, em especial de mulheres e meninas”.

De acordo com o Itamaraty, é necessário que se preserve os “ganhos obtidos na últimas décadas em matéria de direitos humanos, fortalecimento da democracia e desenvolvimento socioeconômico no Afeganistão”.

Segundo o MRE, não há registro de brasileiros morando ou em trânsito no Afeganistão. O Brasil não tem embaixada no país hoje sob comando do Taleban.

Informações devem ser solicitadas por brasileiros no telefone de plantão da embaixada no Paquistão (+92 300 8525941) ou na Divisão de Assistência Consular do MRE (+55 61 98197-2284), em Brasília.

Mais cedo, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, veio a público reafirmar sua decisão de retirar as tropas americanas e atribuiu a culpa do colapso do país ao governo e aos militares afegãos.

O pronunciamento foi feito um dia após o grupo fundamentalista islâmico Taleban tomar o controle do Afeganistão.

“O avanço do Taleban se desdobrou mais rapidamente do que prevíamos. E o que aconteceu? Líderes políticos afegãos desistiram e fugiram do país”, disse Biden, em discurso na Casa Branca, nesta segunda.

“Os militares afegãos desistiram, algumas vezes sem tentar lutar. Isso comprovou que não devemos estar lá. Tropas americanas não devem lutar e morrer numa guerra que os afegãos não querem lutar.”

Em uma fala na qual lavou as mãos sobre as responsabilidades americanas na crise afegã, o democrata listou esforços dos EUA para construir um governo que pudesse fazer frente à facção radical, incluindo o gasto de mais de US$ 1 trilhão e o treinamento de 300 mil militares, “uma força maior em número do que a de muitos aliados da Otan [aliança militar do Atlântico Norte]”.

“Demos todas as ferramentas. Pagamos salários. Demos uma força aérea, algo que o Taleban não tem. Mas não podíamos dar a vontade de lutar.”

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