Economia

Governo brasileiro reforça segurança na fronteira entre Roraima e Guiana com aumento da tensão

As duas fronteiras ficam ao Norte do estado, onde o Ministério da Defesa reforçou a segurança nessa quarta-feira (29).

Governo brasileiro reforça segurança na fronteira entre Roraima e Guiana com aumento da tensão

A Guiana afirma que é a proprietária do território porque existe um laudo de 1899, feito em Paris, no qual foram estabelecidas as fronteiras atuais. — Foto:Reprodução

Localizado no extremo Norte do Brasil, Roraima está na fronteira da Venezuela e Guiana. Os países vizinhos protagonizam uma disputa pela região de Essequibo, que atualmente integra o território guianense e concentra reservas de petróleo estimadas em 11 bilhões de barris (entenda mais abaixo). As duas fronteiras ficam ao Norte do estado, onde o Ministério da Defesa reforçou a segurança nessa quarta-feira (29).

O reforço ocorre em Pacaraima, na cidade que faz fronteira com a Venezuela. A cidade é a principal porta de entrada para migrantes venezuelanos que fogem da crise econômica no país vizinho e buscam melhorias no Brasil. São aproximadamente 213 km da capital para chegar até a cidade.

No primeiro trimestre de 2023, cerca de 39.369 migrantes entraram no Brasil através de Pacaraima. De lá, seguem para a capital ou outras cidades. Atualmente, Pacaraima tem 19.305 pessoas, segundo o IBGE.

Já a fronteira com Guiana está localizada em Bonfim, 124 km distante de Boa Vista. A cidade não teve a segurança reforçada até o momento.

Bonfim fica na divisa com Lethem, cidade guianense considerada o “paraíso das compras baratas”, com leis fiscais bem menos rígidas do que no Brasil.

Em outubro deste ano, empresários brasileiros chegaram a visitar Georgetown, a capital guianense para discutir relações comerciais. Saindo de Boa Vista, a comitiva enfrentou 24 horas de viagem de ônibus na estrada pelos 680 km que dividem as duas cidades. Para chegar na capital por via terrestre é preciso passar pela região de Essequibo.

Disputa por Essequibo

Essequibo, administrada pela Guiana, tem um território de 160 mil km² — cerca de 70% do território atual da Guiana. O reforço na segurança ocorre às vésperas do referendo que a Venezuela convocou para que a população do país responda sobre a criação de uma nova província chamada “Guayana Esequiba” no território de Essequibo.

O referendo, convocado por Nicolás Maduro, está marcado para este domingo (3), e prevê conceder a nacionalidade venezuelana a 125 mil habitantes da região de Essequibo.

A Venezuela e Guiana disputam a região de Essequibo desde 1966. Em 2015, a disputa ficou mais acirrada, pois a companhia americana ExxonMobil descobriu campos de petróleo na região.

A Guiana afirma que é a proprietária do território porque existe um laudo de 1899, feito em Paris, no qual foram estabelecidas as fronteiras atuais.

Já a Venezuela afirma que o território é dela porque assim consta um acordo firmado em 1966 com o Reino Unido, antes da independência de Guiana, no qual o laudo arbitral foi anulado e se estabeleceram bases para uma solução negociada.

A Guiana quer que a disputa seja resolvida na Corte Internacional de Justiça. A Venezuela quer tentar negociar com o país vizinho.

COMPARTILHE

Bombando em Brasil

1

Brasil

Ibama aprova testes iniciais de simulação para exploração de petróleo na Foz do Amazonas

2

Brasil

Workshop traz especialistas para debate sobre transição energética e competitividade no mercado de gás natural em João Pessoa

3

Brasil

Marido defende Xuxa após apresentadora alimentar morcegos em vídeo: “preconceito”

4

Brasil

MEI: prazo para entregar declaração anual termina hoje; veja como fazer

5

Brasil

Mega-Sena sorteia hoje prêmio acumulado em R$ 31 milhões