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Governo diz que maioria foi contra receita para vacina de Covid em crianças em consulta pública

Secretária do Ministério da Saúde citou números conflitantes de respostas à consulta; pasta também afirma que maior parte foi contra obrigatoriedade da vacinação, mas levantamento não permitia que pessoas se manifestassem a favor.

Governo diz que maioria foi contra receita para vacina de Covid em crianças em consulta pública

Profissional de saúde prepara dose da vacina da Pfizer em Seixal, Portugal, no dia 11 de setembro. — Foto:Pedro Nunes/Reuters

Após citar números conflitantes, o governo federal anunciou, nesta terça-feira (4), que a maioria das pessoas que responderam à consulta pública sobre a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 foi contra a necessidade de receita médica para imunização dessa faixa etária.

O governo também informou que a maioria das pessoas foi contra obrigatoriedade da vacinação nessa faixa etária. O levantamento, entretanto, não permitia que as pessoas se manifestassem a favor dessa obrigatoriedade, ou seja: não havia uma pergunta que questionasse se as pessoas eram a favor da vacinação obrigatória. As perguntas da consulta já haviam sido bastante criticadas por especialistas.

A pergunta da consulta foi a seguinte: “você concorda com a vacinação em crianças de 5 a 11 anos de forma não compulsória conforme propõe o Ministério da Saúde”?

As respostas foram anunciados pela secretária extraordinária de enfrentamento à Covid-19, a médica Rosana Leite de Melo, durante a audiência pública que está sendo realizada pela pasta para discutir o tema.

A secretária não detalhou a quantidade de respostas para cada opinião (contra ou a favor da necessidade de receita), mas informou que 99.309 pessoas responderam à pesquisa. Na véspera, entretanto, o próprio Ministério da Saúde havia informado que recebeu cerca 24 mil respostas à consulta pública.

Inicialmente, as respostas à consulta pública estavam sendo recebidas em uma plataforma de formulários da Microsoft. A plataforma, entretanto, esgotou a sua capacidade de recebimento de respostas.

Depois disso, o Ministério da Saúde criou uma nova página para a consulta, esta hospedada em uma página oficial do governo – que recebeu, no total, 23.911 respostas.

Na segunda-feira (3), o g1 questionou o ministério sobre quais respostas seriam consideradas para o levantamento dos resultados: se apenas as da segunda página, do governo, ou se também as do formulário inicial. A pasta não deu retorno.

A consulta feita pela pasta tem sido criticada por especialistas e pelos próprios técnicos da Anvisa. O Brasil tem cerca de 20,5 milhões de crianças de 5 a 11 anos de idade, segundo o IBGE.

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