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Héteroflex: homens que sentem atração por outros homens, mas se dizem héteros

Esse perfil de homem, que em muitos casos se declara heterossexual, busca manter relações sexuais com outros homens de forma pontual, sigilosa ou desprovida de envolvimento emocional.

Héteroflex: homens que sentem atração por outros homens, mas se dizem héteros

Foto: reprodução

Nos últimos anos, pesquisadores e profissionais de saúde têm observado um fenômeno que, embora não seja exatamente novo, vem ganhando mais visibilidade: o comportamento de homens que fazem sexo com outros homens, mas que não se identificam como bissexuais ou homossexuais.

O termo técnico usado nesses casos é HSH, ou seja, Homens que fazem Sexo com Homens, uma classificação que surgiu no campo da saúde pública para mapear comportamentos de risco sem necessariamente recorrer às definições tradicionais de identidade sexual.

Esse perfil de homem, que em muitos casos se declara heterossexual, busca manter relações sexuais com outros homens de forma pontual, sigilosa ou desprovida de envolvimento emocional.

São encontros que muitas vezes ocorrem em ambientes privados ou virtuais, longe dos espaços tradicionalmente associados à sociabilidade LGBTQIA+.

Para muitos desses indivíduos, a prática não representa uma contradição: eles seguem sustentando sua identidade hétero sob a justificativa de que a experiência não define quem são, apenas o que fazem.

Especialistas em sexualidade apontam que há diversos fatores envolvidos nesse comportamento: repressão cultural, normas rígidas de masculinidade, medo do estigma e até a distinção – muitas vezes equivocada – entre prática e orientação.

Em alguns contextos, manter-se no rótulo de “heterossexual” garante a permanência dentro de um padrão social mais aceito, mesmo que esse padrão esteja cada vez mais desconectado da realidade vivida.

A discussão, no entanto, vai além da vida íntima: ela revela um traço de nossa sociedade que ainda valoriza mais a aparência do que a verdade.

E, diante disso, não deixa de ser curioso que, em pleno século XXI, o termo “heterossexual” possa agora vir com asterisco – como quem diz: “exceto aos finais de semana, sob efeito do silêncio, efeito do álcool, efeito do ‘minha mulher viajou’ e, principalmente, sob o efeito da negação.”

Por 95 FM

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