Brasil

Homem X Máquina, a era da automação comprova que o futuro é agora

Automação era um processo que até bem pouco tempo ainda não havia se tornado visível aos nossos olhos

O futuro já chegou. O que antes costumávanos ver nos filmes e na literatura de ficção, agora faz parte do cotidiano. Máquinas inteligentes, equipamentos auto-suficientes.A tecnologia do trabalho automático já é uma realidade.

Sistemas que efetuam medições, introduzem correções durante o processo de produção, praticamente sem a intervenção do homem. É a era da utilização de máquinas em substituição de mão-de-obra. A robótica é parte importante na automação, bem como as tecnologias de informação, os computadores e as telecomunicações.

O objetivo principal é facilitar a vidas das pessoas e aumentar a produtividade. Exatamente o que ela faz. Mas existe um outro lado, o lado que tira empregos e diminui os postos de trabalho.

A mudança – A automação era um processo que até bem pouco tempo ainda não havia se tornado visível aos nossos olhos. Não para o homem comum, que anda nas ruas e que leva uma vida normal. Isso fazia parte do parque industrial de multinacionais, do “chão de fábrica” de indústrias modernas. Vez por outra uma matéria na televisão mostrava equipamentos capazes de montar um carro em tempo recorde, substituindo meia dúzia de funcionários.

Mas hoje, quando você vai ao supermercado, à biblioteca, ao banco, você encontra a interferência do processo de automação. Ele é hoje uma realidade presente em nosso dia-a-dia. Diferente dos grandes centros, João Pessoa ainda é uma capital que conserva algumas características de cidade pequena, uma atmosfera quase romântica, em alguns momentos.

Uma história real – Em um passado bem recente era comum os moradores de João Pessoa se organizarem para irem fazer compras em cidades vizinhas, como a capital pernambucana, Recife, um grande centro comercial. A capital paraibana cresceu, seus centros comerciais evoluíram e hoje esse tipo de comportamento está mais para exceção do que para uma regra, um hábito.

Um crescimento que pode trazer também algumas mudanças questionáveis, como é o caso da decisão de um dos maiores shopping centers da cidade de automatizar o seu serviço de controle no estacionamento, com a implantação da cancela eletrônica. Não se trata de nenhuma alteração criminosa, apenas uma ação administrativa que visa, provavelmente, reduzir custos. Essa é a lógica de mercado.

O exemplo é colocado aqui apenas para ilustrar o quanto a automação já faz parte do nosso dia-a-dia. Ao invés de funcionários para recepcionar e receber o pagamento pelos serviços, estes foram substituídos por cancelas que são abertas automaticamente após a leitura ótica do código de barras do ticket que deve ser pago nos balcões internos, instalados nas entradas do centro comercial.

Sinal dos tempos, símbolo de modernidade. Um avanço tecnológico. Uma ação aprovada por boa parte dos clientes, criticada por outros. Mas que reflete uma onda de mudanças inevitáveis que colocam em conflito a importância do homem em relação a máquina. Que coloca em xeque uma questão: até onde se pode avançar em nome da modernidade e das descobertas da ciência. Qual o preço que a sociedade pode pagar por essas mudanças.

A realidade brasileira – A observação da dinâmica econômica e social recente indica que os dramáticos problemas do mercado de trabalho surgidos nos países avançados já aportaram no Brasil e parecem ter vindo para ficar. Aqui, as mudanças no chamado “mundo do trabalho” têm-se caracterizado pelo crescimento do excedente estrutural de mão-de-obra e pelo aumento do desemprego aberto, tendo o País ocupado, em 1999, o terceiro lugar em volume do desemprego aberto — que representava 5,6% do total do desemprego mundial.

Em conseqüência, sobre uma estrutura social já desigual e excludente, ampliaram-se o desemprego e as formas precárias de trabalho, tais como o trabalho sem carteira, o trabalho em tempo parcial, e o de elevada rotatividade.

A crescente atenção dos meios de comunicação de massa ao tema do desemprego já tornou de domínio público vários aspectos das profundas transformações no mercado de trabalho brasileiro. De modo geral, entretanto, o tratamento dispensado a essa questão ameniza a gravidade dos impactos sociais das mudanças em curso. Nessas abordagens, o desemprego é tratado como um fenômeno localizado em que o principal impacto social parece resumir-se nas dificuldades de adaptação da mão-de-obra às novas exigências profissionais, o que seria contornado com (re)treinamento ou com mudanças de ramo ou de lugar.

A questão da qualificação da força de trabalho ganhou realce no debate sobre emprego no Brasil, e os que participam com maior distanciamento desse debate passam a ter a impressão de que o desemprego decorre da má qualificação do trabalhador brasileiro perante a reorganização da base produtiva nacional em um mundo globalizado. Entra em moda o termo “empregabilidade” e começa-se a falar nas frágeis condições de empregabilidade do trabalhador brasileiro, transferindo-se para ele a responsabilidade de estar desempregado e de ter individualmente que resolver essa situação desfavorável.

A mudança na composição ocupacional – A controvérsia sobre os efeitos decorrentes do processo de modernização empresarial sobre o perfil da mão-de-obra não constitui fato novo. Novas práticas produtivas vêm acompanhadas por uma nova base de conhecimentos para o exercício do trabalho, o que provoca alterações na estrutura de emprego, no padrão de remunerações e no perfil da demanda por mão-de-obra.

As sociedades do mundo desenvolvido experimentaram nas últimas décadas o processo de transferência de empregos das atividades produtoras de bens materiais para as que provêem bens imateriais ou serviços. Esse crescimento do setor terciário, que chega a empregar uma proporção de trabalhadores que oscila entre metade e dois terços do total do emprego, segundo o país ou a região, passa a ser considerado um indicador positivo do progresso.

O futuro – Vivemos em um mundo confuso e confusamente percebido. Talvez só agora o homem esteja descobrindo o sentido de sua presença no planeta. Talvez seja correto afirmar que uma história universal verdadeiramente humana está, finalmente, começando. A mesma materialidade atualmente utilizada para construir um mundo confuso e perverso pode vir a ser a condição da construção de um mundo mais humano. É o que se espera


Lilla Ferreira
ClickPB

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